General Villas Bôas defendeu Moro e a Lava Jato através do Twitter - Divulgação
General Villas Bôas defendeu Moro e a Lava Jato através do TwitterDivulgação
Por O Dia

Rio - O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, disse nesta terça-feira disse que está otimista, porém preocupado com os resultados que a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro precisará atingir. "Estou otimista e preocupado. Confesso que muito preocupado pela incerteza de que vamos realmente atingir todos os objetivos, mas a nossa determinação, ao sair, é deixar como legado uma mudança nas estruturas, de forma que elas tenham condições para depois por si", disse o comandante do Exército. Para ele, o resultado das ações vai impactar a imagem das Forças Armadas. "A imagem perante a sociedade será sempre consequência do que nós lograrmos atingir."

Ao discursar durante homenagem no Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o general comentou o assassinato da vereadora Marielle Franco, e chamou a atenção para a polarização em torno do homicídio, que considerou injustificável e terrível. "Vejam o injustificável assassinato dessa moça. Vejam e verifiquem o potencial que ele adquiriu no sentido de desagregação, de potencializar os ideais de minoria. Como diz o [ex] ministro Aldo Rebelo, o caminho da separatividade da nossa sociedade", afirmou.

Para Villas Bôas, a equipe de intervenção deve fazer ajustes para adequar suas necessidades aos recursos disponibilizados pelo governo. Segundo o general, a necessidade de R$ 3,1 bilhões, que chegou a ser mencionada na segunda por parlamentares após uma reunião com o interventor, general Braga Netto, é maior do que o total de recursos de que a intervenção de fato vai precisar. De acordo com Villas Bôas, será apresentada uma demanda de cerca de R$ 1,5 bilhão, que cobrirão tanto os passivos já existentes quanto as ações futuras.

"O governo anunciou a possibilidade de disponibilizar R$ 800 milhões. Isso vai exigir que a equipe de intervenção faça os ajustes necessários para otimizar esse recurso disponível e atingir o máximo de efeitos e objetivos", disse ele, que afirmou desconhecer detalhes dos valores. "Há um componente grande de dívidas e passivos e há um componente do que deve ser para melhorar as estruturas."

O comando do Exército pediu compreensão com trabalho realizado pela intervenção. "As causas são extremamente profundas, e pedimos a compreensão porque os companheiros que lá estão às voltas com esse tema, quanto mais se debruçam sobre ele, mais verificam sua complexidade. Eles têm procurado manter uma postura de não gerar expectativa, não tomar atitudes espetaculosas e de não inaugurar promessas", disse Villas Bôas.

Segundo o general, os problemas que prejudicam a segurança pública são resultado de décadas e décadas de omissões e de necessidades básicas não atendidas. "Os resultados virão com o tempo, e as soluções serão realmente de muito longo prazo."

Comando da 1ª Divisão do Exército passa para Antônio de Barros

Em solenidade na Vila Militar, nesta terça-feira, o general Mauro Sinott transferiu o comando da 1ª Divisão de Exército ao general Antônio Manoel de Barros.

A 1ª Divisão de Exército enquadra as unidades do Exército Brasileiro integrantes do Comando Conjunto, vertente operacional responsável pelas Operações de Garantia da Lei e da Ordem no Rio de Janeiro, e composto pela Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e Força Aérea Brasileira. O comandante da 1ª Divisão de Exército é também o Comandante Conjunto.

O evento de transmissão do cargo cumpriu formalidade das promoções regulares oficiais no âmbito do Exército.

Com informações da Agência Brasil

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