O presidente Michel Temer vai destinar R$ 1 bilhão para a intervenção militar no sistema de segurança do Rio de Janeiro. - Estefan Radovicz / Agência O Dia
O presidente Michel Temer vai destinar R$ 1 bilhão para a intervenção militar no sistema de segurança do Rio de Janeiro.Estefan Radovicz / Agência O Dia
Por ADRIANO ARAÚJO

Rio - As Forças Armadas vão começar a deixar a Vila Kennedy dentro de duas ou três semanas, de acordo com o coronel Carlos Cinelli, porta-voz do Comando Militar do Leste (CML). A retirada das tropas da comunidade, que vem sendo ocupada há quase um mês, vai ocorrer conforme a PM entra na região com mais policiais. O 14º BPM, de Bangu, vai assumir o policiamento na favela, que conta com uma UPP. 

"De duas a três semanas, as Forças Armadas vão começar paulatinamente a reduzir os efetivos a medida que a Polícia Militar os aumenta na mesma área", disse Cinelli, reiterando que a saída pode não ser definitiva. 

"Não significa uma retirada definitiva, esse prazo pode estender e vai estar condicionado à possibilidade do 14º BPM assumir o policiamento da área. Nós vamos continuar dando apoio ao batalhão sempre que necessário" explicou.

Em nota, o Comando Conjunto da Intervenção disse que a retirada das Forças Armadas dependerá da capacidade da PM assumir o patrulhamento ostensivo na região, o que pode implicar na continuidade dos militares na favela. "Essa capacitação da Polícia Militar depende de diferentes medidas de reestruturação, já em curso pelo Gabinete de Intervenção Federal", diz o texto.

"A diretriz recebida pelo Comando Conjunto foi a de planejar a redução gradual, ao longo das próximas semanas, dos efetivos das Forças Armadas empregados naquela comunidade; mas mesmo que a PM assuma o o patrulhamento na comunidade, o Comando Conjunto continuará a apoiar as ações de garantia da lei e da ordem, sempre com base em solicitação da Secretaria de Segurança, e a partir da diretriz estratégica do Gabinete de Intervenção Federal", finaliza o documento.

Procurada, a Polícia Militar ainda não se pronunciou sobre a possibilidade do batalhão de Bangu assumir o policiamento na Favela Vila Kennedy, que conta com uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).

Hoje, as Forças Armadas fazem a patrulha na região durante o dia, ficando a cargo da PM o patrulhamento no período da noite. Há quase um mês, os militares começou a ocupar a favela, atuando inicialmente na retirada de barricadas colocadas pelo tráfico nos acessos à comunidade. 

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