Marcelo Freixo se defendeu depois de virar assunto e ganhar apelidos na internet - Estefan Radovicz
Marcelo Freixo se defendeu depois de virar assunto e ganhar apelidos na internetEstefan Radovicz
Por O Dia

Rio - A Delegacia de Homicídios (DH) ouve, nesta terça-feira, depoimentos de duas pessoas ligadas à Marielle Franco: Mônica Tereza Benício, viúva da vereadora, e uma assessora do Psol e amiga pessoal da parlamentar. O deputado estadual Marcelo Freixo (Psol), que acompanhava as declarações das duas na especializada, reforçou, que a amiga e companheira de partido, não recebeu ameaças de morte. 

"Marielle foi fruto de uma vingança, de uma vingança que chegou sem ameaça. Uma vingança muito brutal e inaceitável, uma interrupção da democracia. Tentaram calar a Marielle. Só que não sabiam quem era a Marielle e o mundo está respondendo", afirmou o parlamentar. 

Freixo declarou que acredita que o caso será solucionado. "Nossa ansiedade é muito grande. O crime contra Marielle é um crime contra a democracia. A gente não tem a menor dúvida disso. Então, esse caso tem que ser esclarecido. Isso não significa que a vida dela valha mais do que a de qualquer pessoa, mas é um caso que pode estar colocando várias outras pessoas em risco. E quando afronta a democracia, o estado tem que responder. A investigação está sendo feita. A gente não vai achar que o caso vai ser resolvido no tempo da nossa angústia", completou. 

O deputado estadual ainda lembrou do ato ecumênico que acontecerá na Candelária, no Centro do Rio, às 17h. "Hoje é o dia das muitas Marielles aparecerem em praça pública para rezar por Marielle. Não é à toa que essa jovem negra, que nasceu na favela da Maré e superou tantas coisas, chegou ao ponto que chegou."

 

Marielle Vive! Marielle vive conosco porque viveu por nós. Viveu intensamente a luta das mulheres negras, a luta da favela, a luta LGBT. Viveu a luta contra o racismo, contra o machismo, contra todas as formas de opressão. Marielle fez da luta a sua casa, e assim fez seu grito ecoar pelas ruas e vielas desta cidade, fez seu grito chegar aos corredores do parlamento. A mulher negra e favelada que ocupava uma cadeira na Câmara Municipal do Rio de Janeiro mostrava ao mundo que a política poderia e deveria ser diferente. . Este grito ainda ecoa e ganhou as ruas de todo o país - as balas que atingiram Marielle não nos farão calar. Mostraremos, uma vez mais, que a sua luta resiste e multiplica-se, contra a militarização, contra o genocídio do povo negro, pela vida das mulheres. . Nesta terça-feira (20), chamamos todas e todos para um ato político de resistência e luta, às 17h na Candelária, terminando com um ato inter-religioso, a partir das 19h, na Cinelândia. . Façamos com que o dia 20 se torne um dia nacional e internacional de atos de luta e resistência! . Nós somos porque você foi. Marielle vive!

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Freixo ainda disse que Monica "está muito abalada" com o assassinato da companheira e pediu para que a arquiteta seja preservada pela imprensa. Marielle Franco foi assassinada a tiros na última quarta-feira, na Região Central do Rio. No ataque, o motorista Anderson Gomes também acabou morto.

Trinta e sete denúncias sobre mortes de Marielle e Anderson

O Disque-Denúncia recebeu, até o início da noite desta segunda-feira, 37 ligações com informações sobre os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Pedro Gomes. Todas as pistas, que podem ajudar na investigação, estão sendo passadas para a Delegacia de Homicídios (DH-Capital).

As investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes se debruçam na análise de antenas de celulares, rastreamento de câmeras e levantamento sobre carros roubados nas últimas semanas.

Nesta segunda-feira, os investigadores receberam os relatórios das 26 antenas de celulares que ficam na região onde o carro com a vereadora circulou. São mais de 200 mil celulares que estavam na área no momento do crime, de cinco operadoras diferentes. "Através do direcionamento, será possível saber quais celulares estavam parados na rua dos Inválidos por duas horas. Mesmo que o criminoso tenha destruído o telefone, já temos o registro", afirmou um investigador.

 

 

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