Matheus Silva dançava em bailes - Reprodução / Facebook
Matheus Silva dançava em bailesReprodução / Facebook
Por Aline Cavalcante

Rio - A família de Matheus da Silva Duarte de Oliveira, de 19 anos, uma das vítimas do confronto na Favela da Rocinha que deixou oito mortos, no sábado, ainda aguarda neste domingo a liberação do corpo no Instituto Médico Legal (IML).

"Chegamos aqui antes das 9 horas da manhã e ainda não conseguimos liberar o corpo. Estão todos aguardando para o velório, mas até agora ninguém nos disse nada", reclamou a mãe de Matheus. O velório será realizado na capela da Vila Verde, na Rocinha, onde amigos e familiares já aguardam. A Polícia Civil informou que está apurando a causa da demora.

Faixas em homenagem a Matheus foram colocadas na Rua 4 e na localidade conhecida como Cachopa. Uma delas diz: "Petróleo (um dos apelidos do jovem), saudades eternas". A previsão é de que o velório seja realizado ainda neste domingo e na segunda-feira o sepultamento, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na zona Sul do Rio.

A família de Matheus diz que o jovem não tinha envolvimento com o tráfico. Ele fazia parte de um grupo de valsa que dançava em festa de debutantes. Matheus participou de um evento na sexta-feira, em São Gonçalo, horas antes de ser assassinado. "Matheus era um menino do bem, alegre, brincalhão, que nunca teve envolvimento com drogas. Era muito querido pelos amigos, que estão tristes e revoltados com a morte dele. Vamos buscar justiça para provar que Matheus é inocente", disse Alexander Izaias, responsável pelo grupo de dança.

Outra vítima do tiroteio, Júlio Morais de Lima, de 23 anos, será enterrado nesta segunda-feira, às 15h, no Cemitério do Catumbi. A irmã do rapaz, que não quis se identificar, diz que ele não tem envolvimento com o crime. De acordo com ela, Júlio trabalhava como auxiliar de serviços gerais em uma churrascaria. "Meu irmão não era envolvido com o crime. Ainda não sabemos se ele foi morto quando saía ou chegava em casa. Mas, vamos atrás de Justiça para provar a inocência do meu irmão", afirmou.

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