Rio - Especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgaram ontem, comunicado no qual consideram "profundamente alarmante" o assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol), no dia 14 de março, e de seu motorista Anderson Gomes. No mesmo dia, João Batista Oliveira de Araújo, o Babá (Psol), suplente de Marielle, assumiu o cargo dela na Câmara dos Vereadores.
"O assassinato de Marielle tem o objetivo de intimidar todos aqueles que lutam por direitos humanos e pelo Estado de direito no Brasil", destacou um trecho do comunicado, elaborado por especialistas do Conselho dos Direitos Humanos da organização.
A posse de Babá foi a portas fechadas no gabinete da presidência. O político não quis dar entrevista, limitou-se a dizer, por meio de sua assessoria, que se manteria em silêncio justificando que a morte de Marielle Franco o mantém abatido.
Ex-professor universitário de Faro, no Pará, Babá tem 64 anos e acumula mais de 35 anos de vida pública. Ele foi um dos fundadores do Partido Socialismo e Liberdade (Psol). Antes integrou o Partido dos Trabalhadores (PT), onde foi vereador e deputado estadual de Belém e deputado federal pelo estado do Pará. Mas em 2003, após a posse de Lula como presidente, ele foi expulso do partido por divergência ideológica.
Desde 2004, Babá ocupa o cargo de suplente do Psol. Em 2015, substituiu o vereador Eliomar Coelho, que foi eleito como deputado federal pelo mesmo partido.
