Joelma desapareceu dia 21 - Reprodução / Internet
Joelma desapareceu dia 21Reprodução / Internet
Por RAFAEL NASCIMENTO

Rio - "Não consigo acreditar que fizeram isso com ela". A frase de Jonas de Oliveira, pai da fisioterapeuta Joelma Rosa de Oliveira, 40 anos, sintetiza o sentimento do idoso, que recebeu a pior notícia de sua vida nesta quarta-feira. Muito ligados, os dois se falavam quase toda hora pelas redes sociais quando ela estava em Magé. Como de costume, todos os dias pai e filha trocavam mensagens de carinho pelo WhatsApp. E não foi diferente no último dia 21, quando a fisioterapeuta foi encontrada morta no poço de um centro espírita no município. Às 7h35, após acordar, Joelma mandou uma mensagem de “bom dia” para o pai. Parecendo alegre, ela repassou incentivos ao idoso. 

“É sempre assim... Coisas boas acontecem quando a gente O Dia acredita, quando a gente tem fé e quando a gente coloca Deus a frente da nossa vida... Dificuldades todos nós temos... A diferença é que uns assumem, outros disfarçam, uns desistem de lutar e outros lutam por ainda acreditar”, dizia o texto que terminava com um “Bom dia”. Essa foi a última mensagem da vítima antes ser assassinada.

Joelma morava com o pai e o irmão no Jardim América, na Zona Norte do Rio. Segundo eles, a fisioterapeuta frequentava o centro espírita há cerca de 10 anos, onde fazia trabalhos sociais. Na noite do dia 21, após um culto, ela decidiu dormir no local porque tinha consulta com um paciente no dia seguinte em Magé.

A família da mulher disse não estranhar o sumiço porque ela costumava ficar no local, onde a comunicação é muito ruim. No entanto, após vários dias sem receber mensagens, o pai suspeitou que algo tinha acontecido. "Eu não ficava um dia sem ligar ou receber mensagens dela. Como lá não é muito bom, cheguei a mandar vários WhatsApps, mas ela não respondeu", lembra o empresário.

"Eles me ligaram e me falaram. Não consigo acreditar que fizeram isso com ela. Por quê? Ela ia lá para o sítio que temos e ficávamos conversando, tomando cerveja e comendo churrasco. Não terei mais esses momentos com a minha filha. Minha única filha mulher”, disse o pai da vítima, bastante emocionado. A Polícia Civil investiga o caso.

O delegado Antonio Silvino, da 66ª DP (Piabetá), falou rapidamente sobre o caso. Os donos do centro já foram chamados para prestar depoimento. Um dos donos do centro espírita comunicou a 66ª DP que tinha encontrado o corpo e a delegacia começou as investigações, que podem ter o apoio da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).

"O poço tem seis metros de profundidade e estava com água. Os donos do terreno disseram que não viram nada, apenas encontraram o corpo", disse Silvino.

Segundo amigos de Joelma, o corpo, em estado de putrefação, só foi localizado em virtude do forte cheiro. Uma pulseira de identificação, presa no punho da vítima, ajudou no reconhecimento. Porém, será necessário um exame de DNA para a confirmação. O enterro da fisioterapeuta será nesta quinta-feira, às 10h, no Cemitério da Taquara, em Magé.

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