PMs Julio Cesar Marreto de Oliveira (azul) e Michel Leandro Duarte da Silva (cinza) foram presos em operação da Corregedoria da Policia Militar e da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI) nesta quinta-feira -  Foto de Maíra Coelho / Agência O Dia
PMs Julio Cesar Marreto de Oliveira (azul) e Michel Leandro Duarte da Silva (cinza) foram presos em operação da Corregedoria da Policia Militar e da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI) nesta quinta-feira Foto de Maíra Coelho / Agência O Dia
Por RAFAEL NASCIMENTO

Rio - Imagens mostram os policiais Julio Cesar Marreto e Michel Leandro Duarte da Silva executando Rafael Ramos de Araujo, de 27 anos, uma das vítimas mortas em uma série de assassinatos em São Gonçalo, no último dia 21. O DIA teve acesso às câmeras que mostram o crime na porta de um bar no bairro Brasilândia.

Às 23h20, o soldado Marreto e o sargento Michel chegaram em um C3 Prata e clonado, acompanhado de outros dois homens ainda não identificados. Nas imagens é possível ver a vítima conversando com um outro homem na porta do estabelecimento. Em um determinado momento, o carro em que os executores estavam para e Marreto, que estava encapuzado e no banco atrás do passageiro, desce e dá quatro tiros de revólver na cabeça de Rafael. Em seguida, Michel sai do carro e dá mais um tiro. Em seguida, eles deixam o local tranquilamente.

Cerca de uma hora antes, às 22h, o soldado Marreto chegou no bairro Nova Cidade em seu próprio carro — um Jetta Preto — e foi andando até o local onde estavam o administrador Luciano Conceição da Silva, de 28 anos, e Ferret Damasceno Lessa, de 20. Lá, junto com Michel, executou os dois homens.

Carro clonado usado pelos policiais em um dos crimes - Foto de Maíra Coelho / Agência O Dia

No atentado, o filho de Luciano, Isaac Augusto da Silva, de apenas 2 anos, foi ferido no abdômen e o seu tio, Luiz da Boa Morte Augusto, de 58 anos, que estava dentro de casa, também foi baleado. O aposentado acabou não resistindo e morreu. Já o pequeno Isaac foi levado para o Hospital Estadual Alberto Torres, onde foi socorrido e recebeu alta dois dias depois. Segundo a Polícia Civil, esses dois últimos teriam se tornado vítimas em virtude de um "erro de execução".

Antes de Luciano e Ferret serem executados, os PMs teriam perguntado onde estariam as drogas e, em seguida, atiraram diversas vezes. No local, a perícia constatou que todas as vítimas foram atingidas por tiros de pistola calibre 380. Além disso, os agentes encontraram cinco estojos e um projétil deflagrado desse mesmo calibre.

No dia 21, a polícia encontrou o J3 em um terreno abandonado bem perto da casa de Marreto. A investigação descobriu que o bar onde Rafael estava é próximo a casa do soldado Michel. Os dois policiais militares foram presos em Maricá, Região Metropolitana do Rio, pela Corregedoria da PM e Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI), na manhã de quinta-feira. 

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