
Rio - Após pagar fiança de R$ 2 mil, o condutor da lancha que atropelou quatro pessoas em Angra dos Reis, sendo que duas delas morreram, foi liberado pela polícia na sexta-feira à noite. Ele acabou autuado por duplo homicídio culposo e dupla lesão corporal. Segundo o delegado titular da 166ª DP (Angra), Bruno Gilberte, o marinheiro alegou em seu depoimento que o veículo apresentava problemas no acelerador, que ficou preso, deixando a embarcação desgovernada. O nome do condutor não foi divulgado pela polícia.
Ontem, o Instituto Médico Legal de Angra dos Reis (IML), no litoral sul fluminense, liberou para os familiares, os corpos de Alexandre da Silva, 43 anos, e de Walquiria de Almeida Barros, 29 anos, que morreram atropelados, na localidade da Lagoa Azul. No acidente, outras duas pessoas ficaram feridas: Natacha de Oliveira Soares, 28, e Camila Martinez Precoma, 30, socorridas e levadas para o Hospital Geral de Japuíba, onde continuam internadas. Ambas tiveram os dedos do pé amputados, além de cortes nas pernas.
A polícia trabalha com duas linhas de investigação: uma leva em consideração a possibilidade de que o marinheiro que conduzia a embarcação estivesse distraído no momento do atropelamento e a outra de que a embarcação realmente estivesse com problemas técnicos. Para o delegado responsável pelas investigação, em ambos os casos teriam ocorrido imperícia do condutor. O advogado do marinheiro afirmou que "ele é tão vítima quanto os turistas, porque ele também estava em uma lancha com falha mecânica".
As quatro vítimas do acidente faziam parte de um grupo de cerca de 50 pessoas que estavam em uma casa na Vila de Abraão, em Ilha Grande, e tinham saído para um passeio de saveiro.
O condutor foi submetido ao teste de alcoolemia, mas não foi detectado traços de ingestão de bebida alcoólica. A embarcação foi apreendida para perícias. As investigações estão a cargo da Marinha.