André Rodrigues era baixista e também amava o ciclismo - Reprodução / Facebook
André Rodrigues era baixista e também amava o ciclismoReprodução / Facebook
Por RAFAEL NASCIMENTO

Rio - No local onde o músico André Rodrigues, o André Negão, de 51 anos, foi atropelado, no Aterro do Flamengo, não existe câmera de monitoramento do Centro de Operações da Prefeitura — que poderia ajudar a Polícia Civil a identificar o atropelador. O equipamento mais próximo fica na esquina das avenidas Rio Branco e Beira-Mar, e não deve ter feito imagens do atropelamento. Ele morreu pouco depois, no Hospital Estadual Souza Aguiar. Investigadores devem ter trabalho para identificar o motorista, que estava em um carro preto, segundo amigos de André que o acompanhavam na manhã de pedalada. A tragédia aconteceu na pista sentido Zona Sul, altura do Monumento aos Pracinhas. 

No começo da tarde desta segunda-feira, policiais da 9ª DP (Catete) saíram às ruas para apurar o crime. Os agentes fizeram diligências à procura de imagens de equipamentos de monitoramento. Além disso, testemunhas prestaram depoimento nesta segunda.

Quem tem a atribuição de fechar o Aterro do Flamengo aos domingos é a Guarda Municipal. O DIA entrou em contato com o órgão para entender como é feita a interdição das pistas, mas os questionamentos da reportagem não foram respondidos.

Procurado, o Centro de Operações disse que só cede imagens, feitas pelos equipamentos públicos, quando a Polícia Civil as solicita através de ofício junto à Prefeitura do Rio. O órgão salientou que não possui nenhuma câmera de monitoramento e que os equipamentos são da CET-Rio e da Casa Civil. Por fim, o Centro informa que há cinco câmeras de monitoramento ao longo do Aterro.

André Negão, que tocava baixo, trabalhou com grandes nomes da música brasileira, como Lulu Santos, Maria Bethânia, Gilberto Gil, entre outros. A morte de André Negão foi lamentada por artistas nas redes sociais. “Bondade em pessoa, um lúcido ligado nas melhores palavras e possibilidades de viver em paz. Vá com Deus querido! Vai deixar saudades e um exemplo de existência que tá cada vez mais raro! Muito amor por onde estiver”, escreveu a cantora Vanessa da Mata.

Maria Rita também se manifestou quando soube do atropelamento. "Meu amigo está no CTI [Centro de Tratamento Intensivo] por causa de uma covardia. Estou, além de muito preocupada, com muita raiva. Desculpem o desabafo". Horas mais tarde, ela confirmou a morte. "Meu amigo não resistiu. Obrigada pelas orações, pelas palavras de luz... Abracem os seus. Não deixe aquele almoço 'pra matar saudade' pra depois", escreveu a cantora. 

 

*Com informações da Agência Brasil

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