Rua Álvaro Chaves, onde ocorreu o assalto - Reprodução
Rua Álvaro Chaves, onde ocorreu o assaltoReprodução
Por O Dia

Rio - Mais um episódio entrou para as estatísticas de violência em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio. Antes visto como um lugar tranquilo, o bairro tem sido alvo dos mais diversos crimes. Desta vez, um assalto em frente à sede do Fluminense, a metros do Palácio Guanabara, fez duas vítimas. Um vídeo enviado ao WhatsApp do DIA (98762-8248) mostra toda a ação. 

Três adolescentes caminhavam pela Rua Álvaro Chaves, na altura do clube, às 5h12 deste sábado, e resolvem parar em frente a um prédio residencial. Um táxi passa lentamente e dois jovens armados, um rapaz e uma garota, descem armados e rendem o trio, dois garotos e uma menina. Um dos adolescentes resolve reagir, vai para cima da garota e, em seguida, corre em direção à Rua Soares Cabral. 

Em menos de 30 segundos, os ladrões tomam os pertences dos dois jovens e entram no táxi novamente. Procurada, a Polícia Civil ainda não se pronunciou sobre o caso. O espaço está aberto para manifestação.

Há quase um mês, tiroteio matou dois em praça

Não é de hoje que Laranjeiras vem acumulando casos violentos. Na noite do dia 7 de março, os moradores viveram momentos de terror. Uma disputa por um ponto de venda de drogas na Praça São Salvador provocou um tiroteio que deixou dois homens mortos e um taxista ferido.

A intensa troca de tiros aconteceu quando o local estava lotado muitas pessoas assistiam a uma partida de futebol. Por volta de 23h, homens armados chegaram e atiraram contra um outro, que estava no local. Os tiros foram revidados por um homem que estava dentro de um bar, atingindo o sujeito que teria começado o tiroteio.

O desespero tomou conta da praça, com muitas pessoas se jogando no chão, com medo de balas perdidas. O taxista Alexandre Ramos, de 53 anos, que passava pelo local, foi ferido no abdômen. Socorrido por bombeiros, foi levado para o Hospital Miguel Couto. Ele passou por cirurgia e seu estado é estável.

A Delegacia de Homicídios (DH) da capital tem algumas linhas de investigação. Uma delas é a disputa entre um traficante conhecido como Neymar, da favela Pereirão, em Laranjeiras, e um outro homem conhecido como Léo Gordão, que vendia drogas, de forma independente, na Praça São Salvador.

Neymar não estaria satisfeito com a decisão do rival de vender entorpecentes na praça e teria ido pessoalmente dar um ponto final ao comércio. Traficantes do Morro Azul, no Flamengo, também estariam insatisfeitos e teriam jurado de morte Léo Gordão.

Os traficantes chegaram à praça em um Fox prata. Léo Gordão chegou a correr, mas caiu na rua Senador Correia. A DH investiga quem foi o autor dos tiros, disparados de dentro de um dos bares do local, que mataram Neymar, que também morreu. O criminoso ainda foi atropelado ao tentar fugir.

O delegado Fábio Cardoso, chefe da DH da Capital, disse que nenhuma linha de investigação está descartada. "Tudo indica que os suspeitos foram para matar vítima específica. Queremos saber se o segundo homem que morreu também era alvo", disse.

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