Durante vários dias, em março, houve protestos e orações nas ruas pela morte da vereadora do Psol - Luciano Belford / Agencia O Dia
Durante vários dias, em março, houve protestos e orações nas ruas pela morte da vereadora do PsolLuciano Belford / Agencia O Dia
Por O Dia

Milhares de pessoas se reunirão hoje, no mundo, para cobrar respostas da Polícia do Rio: Quem mandou matar e quem matou Marielle e Anderson? "Não aceitamos que se pegue só o braço armado dessa operação. Queremos saber quais interesses, quais as razões e por quê", exigiu a diretora da Anistia Internacional no Brasil, Jurema Werneck, durante entrevista em Portugal. A principal testemunha do crime, a assessora de Marielle que estava no carro no momento do atentado, teria ido embora do Brasil, com o marido, segundo a TV Globo.

Cerca de 100 eventos estão programados para serem realizados à partir das 6h. O 'Amanhecer de Marielle e Anderson', quando manifestantes devem colorir praças e ruas e debater o crime, vai mobilizar pessoas no Rio e mais 12 estados, além do Distrito Federal. Outras 13 ações semelhantes estão marcadas para 13 países da Europa, Canadá e América Latina.

Um dos atos mais simbólicos está marcado para as 17h: 'Marcha e Tambores por Marielle e Anderson', que pretende arrastar uma multidão a partir dos Arcos da Lapa até o Estácio, onde aconteceu o atentado. A ideia, segundo os organizadores, é reenergizar o último percurso feito pela vereadora e o motorista. "Precisamos mostrar que estamos transformando nossa dor em força, que não daremos nenhum passo atrás e que nem o tempo nem o medo vão nos calar!"

Enquanto isso, a polícia investiga. Segundo informações divulgadas pelo site The Intercept Brasil, a polícia vai comparar as digitais de Carlos Alexandre Pereira Maria, colaborador do vereador Marcello Siciliano (PHS), e o subtenente reformado da PM Anderson Claudio da Silva, executados recentemente, na Zona Oeste, com fragmentos de impressões encontrados nos cartuchos usados no crime. Os investigadores farão o mesmo trabalho de comparação com os 226 indiciados na CPI das Milícias.

Peritos da Polícia Federal também tentam identificar a arma utilizada. Até agora, como O DIA revelou, eles já descartaram que a arma usada seja da marca Glock. Entre as hipóteses mais prováveis está o uso da pistola Taurus 29/7 ou da submetralhadora compacta, modelo UZI ou Ingram. De acordo com o especialista em armas, Vinícius Cavalcante, esse tipo de Taurus nunca foi apreendida com criminosos no Brasil, ao contrário dos outros modelos de submetralhadora investigados. "Já se sabe que a munição utilizada é 9mm para treinamento. Esse tipo de munição não produz muito barulho quando é disparada e é perfeitamente aceita pela UZI e Ingram", afirmou.

Você pode gostar
Comentários