Marcelo Freixo - Daniel Castelo Branco / Agência O Dia
Marcelo FreixoDaniel Castelo Branco / Agência O Dia
Por O Dia

Rio - O deputado Marcelo Freixo perdeu dois PMs que faziam sua segurança, após anúncio pelo ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, da reintegração de 700 PMs cedidos à órgãos públicos. O parlamentar só soube do ocorrido pelo Diário Oficial. No entanto, ele foi escoltado por homens de outras forças, que ele não diz quantos e nem de onde são. Freixo tem uma reunião hoje com o general Richard Nunes, secretário de Segurança do Rio, pra tentar resolver a situação. "Não é possível que haja polêmica sobre isso. Tenho certeza de que o bom senso irá prevalecer. Depois de dez anos, adoraria viver sem segurança, ter minha vida normal restabelecida, mas não é o caso nesse momento, me parece óbvio", afirmou o deputado.

 

Freixo é ameaçado de morte há dez anos por ter presidido a CPI das Milícias. O trabalho resultou no indiciamento de mais de 200 pessoas e prisão de líderes milicianos, o que lhe rende ameaças até hoje. "A CPI das Milícias não foi brincadeira, não acabou em pizza. O que fizeram com a Marielle mostra que é muito sério o que estamos vivendo no Rio de Janeiro. O relatório da CPI é atual, as recomendações não foram seguidas", afirmou o deputado. Freixo tem também seguranças de outras origens que não a PM. 

O parlamentar também criticou as declarações de Jungmann, que afirmou à CBN que a principal linha de investigação é que os assassinatos de Marielle e Anderson tenham sido cometidos por milicianos. "Não cabe ao ministro falar sobre as linhas de investigação. Cabe aos delegados. Tenho muito respeito pelo trabalho da Polícia Civil, dos delegados. São eles que devem se pronunciarem quando entenderem que pode. Acho que isso (declaração do ministro) pode atrapalhar o trabalho da polícia", disse Freixo.

Com informações do Estadão Conteúdo

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