Jorge Miranda (PSDB)  - Reprodução / Facebook
Jorge Miranda (PSDB) Reprodução / Facebook
Por CÁSSIO BRUNO

Rio - A 19ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio revogou, nesta terça-feira, a liminar que mantinha o prefeito de Mesquita, Jorge Miranda (PSDB), no comando do governo da cidade. Ele foi cassado pelos vereadores, em julho do ano passado, por utilizar R$ 14 milhões da Previdência municipal para pagar os salários atrasados dos servidores. 

Para cassar Jorge Miranda, os vereadores entenderam que prefeito não poderia ter pago os salários dos funcionários com recursos da Previdência sem autorização do Poder Legislativo. Miranda pode recorrer. Além disso, há também dois mandatos de segurança em tramitação na Vara Cível de Mesquita que podem devolver o cargo a ele.

Procurado por O Dia, Jorge Miranda não retornou as ligações. A expectativa é de que o vice-prefeito Waltinho Paixão (PROS) assuma já nesta quarta-feira (18).

Na última quinta-feira, a Câmara de Mesquita foi alvo de tiros. No prédio, anexo ao Tênis Clube, a polícia encontrou pelo menos nove marcas de balas na fachada. No momento da ação dos criminosos, várias pessoas jogavam futebol na área social e faziam churrasco perto da piscina. Houve correria, mas ninguém se feriu. O porteiro da Câmara também escapou ileso do atentado. Segundo os presentes, foram ouvidos cerca de 30 disparos.

Os tiros ocorreram na mesma semana em que Jorge Miranda e vereadores de oposição travaram uma briga política. No centro da discussão, está a liberação de R$ 10,9 milhões de emendas de deputados federais para as áreas de Saúde e de Assistência Social. Para ter acesso ao dinheiro, o prefeito precisa de autorização da Câmara. Miranda tentou aprovar, sem sucesso, pedidos de votação em sessões extraordinárias.

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