Morro do Castelar, em Belford Roxo - Fernanda Dias / Agência O Dia
Morro do Castelar, em Belford RoxoFernanda Dias / Agência O Dia
Por RAFAEL NASCIMENTO

Rio - Nesta quarta-feira, pelo terceiro dia consecutivo, traficantes determinaram que escolas do município de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, fechassem as portas e suspendessem atividades devido à "briga entre traficantes que disputam o domínio de áreas", segundo a prefeitura local. Por conta da falta de segurança, mais de 2 mil alunos não foram à escola. Na segunda e terça-feira, mais de sete mil estudantes ficaram sem aula pelo mesmo motivo.

Bandidos do Comando Vermelho (CV) e o Terceiro Comando (TC) estão em guerra na cidade, após o traficante Pablo Santos da Silva, o PL, e um homem conhecido como Zidane serem mortos. De acordo com a Polícia Civil, PL era chefe do tráfico nas comunidades Caixa D'Água e Parque Floresta. O criminoso foi assassinado e esquartejado quando, junto a outros bandidos, tentou invadir o Morro do Machado. Zidane foi morto a tiros na mesma ocasião.

As escolas CIEP Municipalizado Simone de Beauvoir – 940 alunos; Escola Municipal Adelina dos Santos Purcino - 462 alunos; Escola Municipal Malvino José de Miranda - 360 alunos e Escola Municipal Pedro Antonio - 485 alunos, não abriram. A mesma coisa aconteceu na Escola Municipal Sebastião Herculano de Mattos, próximo ao antigo Hospital do Joca. Alunos tiveram que deixar o local após uma ordem de traficantes. O DIA esteve na unidade e constatou que os estudantes foram liberados pouco depois das 10h. No entanto, a coordenação da escola negou veementemente a ação e afirmou que a dispensa era por "motivo de reunião de classe".

Segundo a prefeitura de Belford Roxo, o prefeito Wagner Carneiro dos Santos, o Waguinho (MDB), já se reuniu com o secretário estadual de Segurança Pública, general Richard Nunes, "solicitando medidas urgentes para conter a violência na região". A 54ª DP (Belford Roxo) investiga a guerra do tráfico na cidade. 

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