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Rio - Uma suposta quadrilha acusada de fraudar o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), desmantelada ontem pela Polícia Federal, usava "crianças falsas" para conseguir benefícios irregulares no Rio. De acordo com as investigações, que resultaram na Operação Anjos, o grupo usava documentos falsos para simular casamentos entre pessoas já falecidas. Depois, apresentava certidões de "nascimento" de supostos filhos do casal (que não existiam) para conseguir a pensão.

Segundo a PF, pelo menos seis pessoas participavam do bando. São advogados, falsificadores e empresários. Cinco suspeitos haviam sido presos preventivamente até o fim da tarde de ontem. Os beneficiários das fraudes recebiam a pensão sempre em seu valor máximo. O prejuízo estimado é de R$ 12 milhões.

O grupo que inventava crianças era investigado desde 2015. "Criava" pessoas com certidões de nascimento e documentos de identidade falsos. Também foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 6.ª Vara Federal Criminal do Rio, na capital fluminense, Nilópolis, Mesquita e Nova Iguaçu. Em um dos endereços, segundo a delegada Simone Soares, foram encontrados álbuns com fotos de crianças.

Em outra fraude contra o INSS desbaratada nesta quinta, a Polícia Federal estima que os desvios chegaram a R$ 14 milhões. Na operação Sepulcro Caiado, foram cumpridos 32 mandados de busca e apreensão e três de prisão em diversos estados.

 

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