Imagem capturada pelo drone é armazenada em banco de dados - FOTOS DE Arquivo pessoal
Imagem capturada pelo drone é armazenada em banco de dadosFOTOS DE Arquivo pessoal
Por Estagiária Luana Dandara*

Fazendo uso da inteligência artificial, um grupo de alunos do Cefet de Nova Iguaçu criou um protótipo que pode auxiliar na eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti. Com um drone automatizado que reconhece os focos de água parada, os jovens concorrem na final de um prêmio internacional e buscam tornar mais eficiente o combate à proliferação do inseto. O próximo passo é vender a tecnologia para empresas ou governo.

Nos últimos anos, o Estado do Rio sofreu com epidemias de dengue e zika. Já a chikungunya e a febre amarela têm apresentado um aumento no número de casos. Apenas no município de São Gonçalo, por exemplo, os registros de chikungunya quintuplicaram em comparação ao ano anterior. De janeiro a março de 2017, foram 190 casos. Neste ano, subiu para 966.

"A diferença é que desenvolvemos um dispositivo que consegue identificar automaticamente os possíveis focos do mosquito. Até agora, os drones captavam as imagens, mas precisavam de um especialista analisando cada uma delas. A inteligência artificial facilita esse processo de reconhecimento", explicou o professor responsável, Gabriel Matos Araujo.

O protótipo, por enquanto, foi utilizado em um ambiente controlado, simulando os criadouros reais, nos campi da UFRJ e do Cefet.

No dia 27, o grupo concorre na premiação Cass Student Design, em Florença, na Itália. E, por conta da falta de recursos, os nove jovens e os dois professores estão fazendo uma vaquinha no site Kickante para levar todo o time. "A competição pode dar visibilidade para a pesquisa e ajudar a trazer investimentos para viabilizar a utilização em massa", reforçou o mentor Gabriel.

*Sob supervisão de Angélica Fernandes

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