Motoboy levou tanque da moto para abastecer - Estefan Radovicz / Agência O Dia
Motoboy levou tanque da moto para abastecerEstefan Radovicz / Agência O Dia
Por NADEDJA CALADO

Rio - Na gigante fila para comprar combustível em um posto às margens da Avenida Brasil, em Irajá, na manhã desta segunda-feira, um jovem chamava atenção com o tanque de sua moto na mão. A forma inusitada de aquirir gasolina visava diminuir o tempo de espera, já que o abastecimento através de galões era bem menor.

"Trouxe o tanque aqui porque quero sair logo e ir direto trabalhar. É meio pesado, cheio vai ficar mais ainda" disse o motoboy Henry Marllon, de 25 anos.

Galões, garrafas de água e pets foram levadas por quem buscava combustível em posto de Irajá - Estefan Radovicz / Agência o Dia
 

Na fila, pessoas de diversos bairros aguardavam para abastecer. Era o caso de Erick Vital Araújo, de 28 anos, que veio da Rocinha para abastecer. "Trabalho com isso, não tem jeito, a gente espera", disse ele, que é mototaxista e motoboy. O jovem chegou ao posto por volta das 7h da manhã, e às 9h30 ainda esperava para comprar combustível. 

Abastecimento em galões e garrafas

Muita gente chega para comprar o combustível e o coloca em locais inapropriados, como garrafa pet, galão de água, pote de ketchup, garrafa de cloro. Às 10h30 foi limitada a venda de um galão por veículo e houve bate boca. A falta de controle fazia algumas pessoas abastecerem o veículo e ainda levar reserva.

Uma resolução da Agência Nacional do Petróleo (ANP) determina que os postos só podem vender o combustível em recipientes que atendam às regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e sejam aprovados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia Industrial (Inmetro). Garrafas plásticas ou pet, por exemplo, não obedecem a esses critérios.

Você pode gostar