No início de junho, policia trocaram tiros com bandidos que fugiram do Morro da Babilônia, no Leme, pelo Costão da Urca - Daniel Castelo Branco / Agência O Dia
No início de junho, policia trocaram tiros com bandidos que fugiram do Morro da Babilônia, no Leme, pelo Costão da UrcaDaniel Castelo Branco / Agência O Dia
Por WILSON AQUINO

Rio - Um tiroteio intenso e histórico. Pela primeira vez, nos seus 106 anos de existência, o bondinho do Pão de Açúcar paralisou suas atividades por questões de segurança pública, na tarde de ontem. O aeroporto Santos Dumont também suspendeu as operações durante 15 minutos, por causa dos tiros. A causa foi um conflito entre policiais militares e traficantes que disputam os valiosos territórios do Leme, na Zona Sul carioca. Os bandidos usaram o Costão da Urca como rota de fuga, mas foram cercados pela PM na Praia Vermelha.

"Ninguém espera passar por situação destas, especialmente na Urca, que é considerado o lugar mais seguro do Rio, justamente, por causa dos militares. É uma vergonha, mas a gente deduz o que o resto da cidade está passando", lamentou o arquiteto João Moraes, 34 anos, que almoçava no Círculo Militar da Praia Vermelha (CMPV), quando explodiu o conflito.

Segundo a administração do Bondinho, "100 pessoas estavam no complexo durante a interdição e foram abrigados no Anfiteatro do Morro da Urca". Os visitantes, entre os quais turistas internacionais e grupos de crianças, ficaram retidos no Morro da Urca durante três horas, das 14h às 17h, quando começaram a ser retirados. Até ontem, a Urca era tida como uma ilha de segurança, por causa da forte presença das Forças Armadas no bairro. Os tiroteios aconteceram nos fundos do Instituto Militar de Engenharia (IME), do CMPV e da Escola de Guerra Naval.

Em nota, a PM informou que seis fuzis foram apreendidos durante o confronto. Porém, apenas um suspeito, que tentava fugir pelo Costão da Praia Vermelha, foi preso. Um PM foi ferido nas pernas por estilhaços de granada. A operação foi planejada com base em dados de inteligência, começando pela mata em direção às comunidades Babilônia e Chapéu-Mangueira, Zona Sul da cidade. Por volta das 13h, os policiais se depararam com um grupo de marginais armados e houve confronto na mata.

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Suspeito tenta fugir de cerco da polícia ao Morro da Babilônia pela Praia Vermelha, mas foi preso lá embaixo
Suspeito tenta fugir de cerco da polícia ao Morro da Babilônia pela Praia Vermelha, mas foi preso lá embaixoREPRODUÇÃO REDES SOCIAIS
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Um tiroteio intenso e histórico. Pela primeira vez, nos seus 106 anos de existência, o Bondinho do Pão de Açúcar paralisou suas atividades por questões de Segurança Pública, na tarde de ontem. O Aeroporto Santos Dumont também suspendeu as operações durante 15 minutos, por causa dos tiros. A causa foi um conflito entre policiais militares e traficantes que disputam comunidades do Leme, na Zona Sul. Os bandidos usaram o Costão da Urca como rota de fuga, mas foram cercados pela PM na Praia Vermelha.
"Ninguém espera passar por uma situação destas, especialmente na Urca, que é considerado o lugar mais seguro do Rio, justamente, por causa dos militares. É uma vergonha, mas a gente deduz o que o resto da cidade está passando", lamentou o arquiteto João Moraes, 34 anos, que almoçava no Círculo Militar da Praia Vermelha (CMPV), quando explodiu o conflito.
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Segundo a administração do Bondinho, "cem pessoas estavam no complexo durante a interdição e foram abrigados no Anfiteatro do Morro da Urca". Os visitantes, entre os quais turistas internacionais e grupos de crianças, ficaram retidos no Morro da Urca durante três horas, das 14h às 17h, quando começaram a ser retirados. Até ontem, a Urca era tida como uma ilha de segurança, por causa da forte presença das Forças Armadas no bairro. Os tiroteios aconteceram nos fundos do Instituto Militar de Engenharia (IME), do CMPV e da Escola de Guerra Naval.
Em nota, a PM informou que o conflito começou no Leme e se estendeu pela mata até a Praia Vermelha. "A operação foi planejada com base em dados de inteligência, começando pela mata em direção às comunidades Babilônia e Chapéu-Mangueira. Por volta das 13h, os policiais se depararam com um grupo de marginais armados e houve confronto na mata". Até a noite de ontem, seis fuzis tinham sido apreendidos durante o confronto. Porém, ninguém soube informar sobre os bandidos que supostamente portavam as armas apreendidas. Apenas um suspeito, que tentava fugir pelo Costão da Praia Vermelha, foi preso. Um PM foi ferido nas pernas por estilhaços de granada e socorrido ao Hospital Central da Polícia Militar. Seu estado de saúde é estável.
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Apesar de o conflito ter deixado em pânico moradores e turistas que visitavam a Urca, o coronel Carlos Cinelli, porta-voz do comando da Intervenção Federal no Rio, afirmou que a situação está controlada e que o confronto é uma resistência, devido ao trabalho de inteligência das forças policiais. "Foi feito um trabalho de inteligência e o resultado foi a intensificação do confronto. Mas, no momento, a situação está controlada. O Exército em parceria com a Polícia Militar trabalha para proteger aquela região da Praia Vermelha e Leme e esperamos que a situação volte à normalidade em breve", disse Cinelli em entrevista à Globo News.
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Visitantes receberam lanche e cobertor no Morro da Urca
Um dos sonhos da potiguar Ana Laura Rego, 22, era passear no bondinho do Pão de Açúcar. Mas, por pouco, o sonho não vira pesadelo. Ela foi uma das mais de cem pessoas que ficaram retidas no alto do Morro da Urca (primeira parada do teleférico), esperando o tiroteio acabar.
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"Escutei os tiros e achei estranho. Como estava perto do restaurante, perguntei o que estava acontecendo e me falaram que era situação normal", contou Ana, que ficou mais de três horas sem poder descer. "Nos deram lanche e cobertor, porque estava muito frio lá em cima", relatou a turista do Rio Grande do Norte. Ana Laura pagou R$ 85 pelo passeio. O bondinho que funciona das 8h às 21h, cancelou todas as viagens após o tiroteio.
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