Rio - Depois de 46 minutos do início do vestibular da Uerj, às 9h46, o segundo prédio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Rua Visconde de Niterói, na Mangueira, foi abaixo. O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, acompanhou a implosão ontem e deu prazo de 60 dias para o início das obras do Minha Casa Minha Vida que será construído no terreno.
"Nesses edifícios, viviam centenas de famílias em condições sub-humanas há mais de 20 anos. A previsão é que, no prazo de um ano, os apartamentos fiquem prontos", garantiu Crivella. Foram necessários 200 quilos de explosivos para a derrubada da estrutura. Durante a operação, 800 moradores foram retirados de seus imóveis por motivo de segurança.
No novo condomínio, serão realocadas as 256 famílias que moravam nos edifícios demolidos. O primeiro deles foi derrubado no dia 13 de maio. "O projeto das casas já está aprovado. Teremos ruas, praças e até piscina", completou o prefeito.
Segundo Crivella, há negociações para a construção de outros Minha Casa Minha Vida na Mangueira, nos terrenos das empresas Alcoa e Red Indian. Ao todo, os empreendimentos terão mais de 1,2 mil apartamentos.
De acordo com a secretária municipal de Urbanismo, Infraestrutura e Habitação, Verena Andreatta a prefeitura estuda a possibilidade de construir áreas comerciais dentro dos condomínios que serão erguidos na Mangueira. "A proposta é termos quiosques para que os moradores possam explorá-los comercialmente".
"Me senti liberta ao ver o prédio cair. Foram muitos anos em situação precária, carregando balde de água e convivendo com falta de luz e alagamentos", contou a estudante Ana Luiza Calixto, 22, ex-moradora do prédio do IBGE.
