Rio - A Delegacia de Homicídios (DH) da Capital investiga a relação de Domingos Brazão, conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE), com a principal testemunha do caso de Marielle Franco. Nesta terça-feira, agentes da especializada estiveram no TCE para intimar Brazão e um técnico lotado no tribunal, de acordo com o telejornal RJTV, da Rede Globo.
A vereadora e o motorista Anderson Gomes foram assassinados na noite do dia 14 de março, em uma rua do Estácio, na Região Central da cidade.
Nesta quarta-feira, manifestantes promoveram uma ação para pressionar o Ministério Público na busca de respostas sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, que acaba de completar três meses. Em frente à sede do MP, no Centro da cidade, o grupo organizado ergue cartazes em que se lê "Três meses sem respostas". Um carro de som circula o canteiro em frente ao prédio reproduzindo discursos da vereadora no plenário da Câmara.
A viúva de Marielle, Monica Benicio, falou sobre a importância das manifestações: "Vivemos em um país que tem memória muito curta. Estamos, por exemplo, às vésperas da Copa do Mundo, e não podemos deixar que esse e outros acontecimentos façam com que o caso caia no esquecimento. Queremos justiça para Marielle e Anderson". Ela também falou sobre a importância de cobrar os órgãos responsáveis pela investigação. "Sendo realista, quanto mais a gente pressiona, mais a gente fica informado. É preciso cobrar respostas e não queremos qualquer respostas, queremos a resposta certa sobre esse caso. Mas apoiamos o trabalho da polícia e de outras instituições. Para o nosso desespero, foi uma execução cometida com muita eficiência, o que dificulta as descobertas e faz com que acreditemos que haja gente muito poderosa por trás".