O contraventor Rogério Andrade, também patrono da Mocidade Independente de Padre Miguel, foi preso na tarde de ontem na 4ª Vara Federal Criminal do Rio. De acordo com a Justiça Federal, Rogério tinha ido depor em um processo, e foi preso na entrada do prédio. Ele foi condenado a 10 anos de prisão pelo crime de corrupção ativa.
Rogério foi encaminhado ao Instituto Médico Legal para exames de corpo de delito e, em seguida, seguiu para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica. O processo se refere à operação Gladiador, de 2006, que investigou o pagamento de propina a policiais por chefes de quadrilhas envolvidas em caça-níqueis. Três grupos criminosos disputavam o domínio de pontos de máquinas de jogos em estabelecimentos na Zona Oeste.
A condenação de Rogério e outros dez réus no processo foi publicada em 2009, mas ele foi solto após recurso no Supremo Tribunal de Justiça. Inicialmente, ele havia sido condenado também pelos crimes de contrabando e descaminho (contra ordem tributária), além de associação criminosa, mas as acusações prescreveram. A pena decidida em 2009 foi recalculada.
Os réus Fernando de Miranda Iggnácio, Paulo Cézar Ferreira do Nascimento, César Augusto Burgos Medeiros e Paulo César Oliveira também tiveram mandados de prisão expedidos por crimes na Operação Gladiador.
Como publicado pelo DIA em fevereiro, o contraventor andava longe dos holofotes. O motivo seria a existência de planos para assassiná-lo, além de seus problemas com a Justiça. Em setembro, ele afirmou ter sofrido um atentado no Itanhangá, ação que deixou sua esposa ferida. Por conta disso, Rogério esteve ausente dos desfiles da Sapucaí no Carnaval e não prestigiou a Mocidade, escola cujo cofre é irrigado por ele. A agremiação comentou que "Rogério é um grande torcedor da escola. Não tem cargo oficial e nem vínculo empregatício com a agremiação".
