Cabine da Polícia Militar foi atingida em meio a troca de tiros - Maíra Coelho / Agência O Dia
Cabine da Polícia Militar foi atingida em meio a troca de tirosMaíra Coelho / Agência O Dia
Por Paloma Savedra e Raimundo Aquino

Rio - O comércio da Avenida Dom Hélder Câmara, próximo ao Norte Shopping, no Cachambi, Zona Norte do Rio, amanheceu neste sábado com marcas de tiros. Bandidos explodiram, nesta madrugada, o Banco do Brasil que fica na mesma via, esquina com a Rua Menezes Vieira, e chegaram a fazer reféns. Os criminosos entraram em confronto com policiais militares e moradores relataram o pânico na região com o intenso tiroteio por volta das 4h. 

A reportagem constatou pelo menos oito marcas de bala no entorno do banco: duas na cabine recém-reformada da Polícia Militar que fica a cerca de 50 metros do local, duas na academia ao lado da instituição financeira, três em uma loja de móveis e uma na porta de outro estabelecimento. 

De acordo com a PM e relatos de moradores, quando chegaram, os criminosos renderam os comerciantes locais e algumas pessoas que estavam ali. 

A corporação informou que policiais militares do 3º BPM (Méier) estavam patrulhando a região quando foram acionados devido a roubo na agência bancária. Ao chegarem no local, criminosos atiraram contra os policiais e houve confronto. Eles conseguiram fugir. Buscas foram feitas na região, mas não houve prisões relacionadas ao fato. A ocorrência registrada na 23ª DP (Méier).

A Polícia Civil informou que o caso foi registrado na 23ª DP (Méier) e encaminhado para a Delegacia de Roubos e Furtos. Testemunhas estão sendo ouvidas e diligências realizadas. A polícia disse ainda que a investigação está em andamento.

Marcas de tiros no comércio no entorno do banco - Maíra Coelho / Agência O Dia

Reféns no chão

Entre os reféns, havia coreanos que costumam vender macarrão oriental na esquina do banco. "Eles tiveram que deitar no chão e os bandidos levaram tudo deles, coitados. Eles trabalham todo dia em uma barraca bem naquele ponto", contou um comerciante.

Ele relatou ainda ter ouvido duas explosões e que há cerca de duas semanas viu uma "movimentação estranha" pelo local. "Eu não vi direito, mas parecia que eram 12 homens em três carros. Quando deu o primeiro 'estalo' saiu uma fumaça. Já estava tudo estranho... há 15 dias eu vi uns homens desconhecidos rondando aqui. Cheguei a achar que iriam roubar (o banco)", disse. 

16/06/18-Bandidos explodem agência do Banco do Brasil no Cachambi, trocam tiros com a Policia e fazem pelo menos 30 pessoas reféns durante o assalto. O Local fica bem próximo do Norte Shopping e a cerca de 150 metros de uma cabine da Polícia Militar, que ficou com pelo menos 2 marcas de tiro. Outras lojas tambem ficaram com marcas de tiro. Foto de Maíra Coelho / Agência O Dia. Cidade, Assalto, Medo, Insegurança, Segurança , Comércio, Explosão, Caixa, Eletrônico - Maíra Coelho / Agência O Dia

Moradores da Avenida Dom Hélder Câmara contaram que acordaram com o tiroteio. Para eles, os criminosos estavam armados com fuzis. "Era arma pesada e houve muito, muito tiro. Não teve como continuar dormindo. Eram mais ou menos umas 3h40 da madrugada", disse uma aposentada de 64 anos. 

Algumas pessoas chegaram a afirmar que havia um policial na cabine da PM, e que ele trocou tiros com os bandidos até chegar reforço de outros militares. A única viatura que estava com o militar também teria sido alvejada.  

 

Outros casos

Esse foi o quarto ataque ao Banco do Brasil em menos de um mês. Na madrugada de 24 de maio, quatro homens explodiram a agência do BB que fica na Rua das Laranjeiras 475, na Zona Sul. No dia 30, o alvo foi a unidade que fica no Boulevard 28 de Setembro, em Vila Isabel, na Zona Norte. Na ocasião, cerca de 10 bandidos encapuzados e com fuzis atacaram a agência e entraram em confronto com policiais do 6º BPM (Tijuca) que estavam patrulhando a região.

O caso mais recente aconteceu um dia depois, no Banco do Brasil da Estrada do Tindiba, na Taquara, na Zona Oeste. Na ocasião, também houve troca de tiros entre policiais do batalhão de Jacarepaguá (18º BPM) e os assaltantes.

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