Rio - Familiares da professora Tamires Cristina Costa Bandeira, de 27 anos, vivem um pesadelo após ela ter saído, na manhã deste sábado, e não aparecer mais. Ela foi fazer um exame de sangue de rotina e logo depois iria para Madureira, na Zona Norte, buscar uma roupa para o filho, e desde então — mais de trinta horas — não entrou em contato com os parentes. A criança, de 3 anos, chora a todo momento perguntando pela mãe.
O marido de Tamires registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), na madrugada de hoje. Parentes e amigos já estiveram em cinco hospitais e até no Instituto Médico Legal (IML) do Centro em busca da professora. No entanto, até agora ela não foi encontrada.
Mãe de um filho de 3 anos e moradora de Olaria, parentes e amigos dizem que a mulher não tem o hábito de sair de casa sem avisar. Às 7h30, a jovem teria chegado ao Memorial Saúde, em Del Castilho, para fazer um exame de rotina e de lá ela iria até Madureira pegar uma roupa que comprou para o filho, em um grupo de desapego na Internet. "Estava tudo programado. Depois que ela fizesse isso, ela iria ao Norte Shopping comprar uma roupa para o marido", lembra Thainá Costa de Souza, 26, prima de Tamires.
Familiares da jovem dizem que depois das 9h o telefone da professora já não recebia mais ligações. "Não completa a ligação. Estamos desesperados. Ligamos diversas vezes e nada. Ela nunca fez isso. Entramos nas redes sociais dela e não tem nada de estranho. Estamos sem saber o que pode ter acontecido com ela", conta Thainá.
De acordo com a supervisora de lojas, ontem o marido de Tamires esteve em Madureira e uma pessoa teria dito que viu a mulher em um bar da região. Hoje, o esposo voltou ao local e procura por ela. "Ele está desolado. Passou a noite na delegacia registando o desparecimento e hoje está lá (em Madureira) atrás dela", completa a prima.
Tamires é mãe de um menino de apenas de 3 anos de idade. De acordo com familiares, o pequeno chama pela mãe todo o tempo. "Ontem, ele não conseguiu dormir. Ele é muito apegado a ela e chama todo o tempo por ela", afirma Thainá Costa. "Quero minha mamãe, era o que ele mais pedia".
Assédio e quase atropelamento
Ao DIA, Thainá Costa de Souza disse que, na última semana, a prima — que trabalha no Colégio Monte Sinai — teria sido abordada por um homem, em Pilares, que teria a assediado. No entanto, segundo Thainá, a prima não teria aceito as investidas do suspeito. Quando ela ia segundo a rua, o homem teria jogado o carro contra ela — que quase foi atropelada. "Ela contou isso para o marido. Acredito que esse homem possa ter feito algo contra ela", afirma. "Só pode ter sido isso. A minha prima não tem motivos para sumir assim. Acredito que eles possam ter sequestrado ela. A gente sabe das maldades que acontecem. Só queremos que ela seja encontrada", conclui.