O casal Jovan Tatic e Kátia Nogueira já prepararam o uniforme de suas seleções para assistir ao jogo amanhã - Foto: Daniel Castelo Branco
O casal Jovan Tatic e Kátia Nogueira já prepararam o uniforme de suas seleções para assistir ao jogo amanhãFoto: Daniel Castelo Branco
Por *Luana Dandara

Rio - Último obstáculo para a seleção de Tite seguir para as oitavas de final na Copa do Mundo, o jogo nesta quarta-feira contra a Sérvia promete fortes emoções para os corações brasileiros e sérvios. A comunidade do time rival no Rio de Janeiro, apesar de pequena, está empolgada, mas também dividida na torcida.

A Sérvia, antiga Iugoslávia, tem apenas 7 milhões de pessoas. No Brasil, de acordo com o IBGE, são 207 milhões de habitantes, um deles o tradutor Jovan Tatic, morador da Gávea há quase sete anos. "O Brasil é minha segunda pátria, mas meu país de origem vem em primeiro lugar na torcida do jogo", contou. O palpite dele para o placar, entretanto, é que vai dar verde e amarelo: "2x0 Brasil. Eu sou realista, é uma seleção que tem mais chance".

Já a esposa Kátia Nogueira, motivo pelo qual Jovan veio para o país, aposta no 3x1. "Estou otimista, sou torcedora brasileira assídua", afirmou. Da paixão entre os dois, datada do colégio e com um reencontro pela internet, nasceu Vitor, de 5 anos. O pequeno está em dúvida para quem torcer. "É muito difícil", disse ele.

Nascida em Belgrado, na Sérvia, Tijana Isailovic chegou no Rio em 2013 e é apaixonada pelo Brasil. "É minha família adotiva, então não vou torcer para nenhuma das seleções, meu coração fica partido. Gostaria de 1x1", explicou ela, que vai assistir o jogo em um bar com amigos cariocas.

Para Tijana, o calor brasileiro é inigualável. "Fui muito bem acolhida, as pessoas são maravilhosas, a cultura é diferente e os homens são bonitos (risos)", afirmou Isailovic, que namora um carioca.

Sobre os costumes para assistir a partida, a sérvia explica que eles também bebem cerveja e comem carne, só que com muita pimenta. "Somos um povo parecido, animados", contou Tijana. A excitação para a competição, no entanto, é singular do brasileiro. "Eles são mais calmos, nós vivemos o futebol", apontou Kátia.

Apesar da cordialidade dos rivais sérvios, a esposa de Jovan resume o sentimento brasileiro para esta quarta. "Na hora do jogo não tem amor! É Brasil no coração".

*Estagiária sob supervisão de Gustavo Ribeiro

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