Por CÁSSIO BRUNO

Rio - Começa oficialmente hoje a campanha eleitoral nas ruas. Candidatos a presidente, governador, senador e deputados federal e estadual já podem pedir votos. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 147,3 milhões de brasileiros, de 5.570 municípios em todo país, estão aptos a comparecerem às urnas em 7 de outubro.

No Rio, 12 candidatos ao governo vão travar uma batalha para ocupar, a partir de 1º de janeiro de 2019, a cadeira comandada pelo MDB durante 12 anos. O grupo político era liderado pelo ex-governador Sérgio Cabral, preso desde novembro de 2016 na Operação Lava-Jato por corrupção e outros crimes.

Candidatos ao governo do estado - Agência O DIA

Os candidatos estão autorizados a fazer comícios e carreatas, distribuir material gráfico, e divulgar propaganda na internet (sem patrocinar). O horário eleitoral na televisão e no rádio terá início no próximo dia 31. Hoje, às 22h, será realizado o primeiro debate para governador na TV Bandeirantes.

A Segurança Pública é um dos maiores desafios dos concorrentes ao Palácio Guanabara. Desde fevereiro, o estado está sob intervenção federal, decretada pelo presidente Michel Temer. Apesar da medida, válida até 31 de dezembro deste ano, casos de roubos e homicídios ocupam o noticiário quase que diariamente.

Candidatos à Presidência da República - Agência O DIA

APOIO DAS FORÇAS ARMADAS

As eleições no Rio terão apoio das Forças Armadas. A estratégia, coordenada pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ), desembargador Carlos Eduardo da Fonseca Passos, terá foco em 637 locais de votação que estão sob influência de organizações criminosas. Nessas áreas, vivem 1,787 milhão de eleitores.

"As questões emergenciais no Rio de Janeiro são finanças públicas, que entraram em colapso, e a Segurança. Há ainda o desemprego e a Saúde. Mas não podemos falar em crescimento econômico sem cuidar das finanças e da Segurança", avalia Ricardo Ismael, cientista político e professor da PUC-RJ.

Para ele, outro ponto importante é a corrupção. O professor diz que o MDB terá de investir nas eleições proporcionais para sobreviver.

"Há o encerramento de um ciclo do MDB. Começou com Cabral, em 2007, e acabará com o atual governador Luiz Fernando Pezão. O fim é trágico, com as principais lideranças do partido presas. A situação do estado não poderia ser pior".

Além de Cabral, os ex-presidentes da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani e Paulo Melo, foram presos pela Operação Cadeia Velha, um dos braços da Lava-Jato. Do mesmo grupo político, faz parte o ex-presidente da Câmara Federal Eduardo Cunha, também detido na operação.

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