Rio - O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Polícia Civil realizam, na manhã desta quinta-feira, uma operação batizada de Operação Horse, que visa combater o tráfico de drogas organizado no Sul Fluminense. Os agentes visam cumprir 72 mandados de prisão preventiva e 122 mandados de busca e apreensão.
A operação é um desmembramento da Operação Adren, que resultou na condenação de diversos criminosos nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Além dos pedidos de prisão preventiva e busca e apreensão, o MPRJ pediu ainda o sequestro de bens e valores dos principais denunciados.
Segundo o MPRJ e Polícia Civil, a complexa estrutura do grupo e o elevado número de denunciados fez com que a investigação fosse dividida em três núcleos de denunciados: o primeiro relativo à origem da droga; o segundo tem por base os traficantes receptores de drogas; e a terceira investigação tratou do tráfico em algumas localidades específicas.
Eles atuavam em, pelo menos, dez bairros de Barra Mansa, quatro em Volta Redonda, além de localidades em Pinheiral e Valença.
Jean de Souza Mendes, vulgo Paulista, era o principal fornecedor de drogas para os traficantes das cidades do Sul Fluminense. Segundo a investigação, ele adquiria os entorpecentes em São Paulo, através da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) e levava para o Rio.
Fabiano da Silva Melo, vulgo Mineiro, era o fornecedor de drogas para os traficantes de Barra Mansa. Ele trazia as drogas de Juiz de Fora, em Minas Gerais. Rivaldo da Silva Barros era o responsável por receber e intermediar as transações das drogas enviadas por Fabiano. Outra denunciada importante é Maria Madalena de Carvalho Marques, que operava o tráfico sob a coordenação de seu irmão, Claudinei de Carvalho, que já está preso.
Kelvinton Idalino Bernardes Paulo, vulgo Kekel, Regis Nunes Marques, vulgo Arroz, Moises Rocha, vulgo Boi, Luís Silva, vulgo Gianecchini, e Adriano Sebastião Dos Santos Prudêncio, vulgo Japa, entre outros, foram denunciados por serem os responsáveis pelo tráfico em bairros de Volta Redonda e Barra Mansa.
Segundo o MPRJ, durante os 13 meses da investigação, através de interceptações telefônicas, 22 pessoas foram presas, sendo 15 em flagrante, além de apreensão de grandes quantidades de droga.