Rio - Os dois militares mortos nesta segunda-feira durante a megaoperação das forças de segurança nos complexos da Penha, do Alemão e da Maré, na Zona Norte do Rio, serão enterrados na tarde desta terça. O cabo Fabiano de Oliveira Santos do Regimento Avaí e o soldado João Viktor dos Santos serão sepultados no Cemitério de Engenheiro Pedreira em Japeri, na Baixada Fluminense.
As forças de segurança do estado iniciaram, nesta terça-feira, o segundo dia de operação nas comunidades. Desde ontem, 4.200 agentes das Forças Armadas e 70 da Polícia Civil estão na região para o combate do crime organizado. Um militar ficou ferido, na tarde desta segunda-feira, em confronto com traficantes.
De acordo com o último balanço do Comando Conjunto da intervenção da segurança pública no Rio, até às 11h desta terça-feira, além das mortes dos agentes, a operação teve 70 presos, cinco suspeitos mortos e 14 armas (dentre elas cinco fuzis), além de 1.045 munições e sete carregadores apreendidos.
Também foram apreendidos 554 kg de tabletes de maconha, uma moto e um colete balístico. Os militares também resgataram cinco reféns e retiraram duas barricadas. Moradores relataram nas redes sociais que escolas dos complexos estão sem aulas.
O ministro da Secretaria de Governo da Presidência, Carlos Marun, divulgou nota lamentando que muitos ainda tratem a intervenção no Rio “com absoluta superficialidade”. "Está sendo travada uma guerra. Ao decidirmos pelo real combate ao crime organizado, sabíamos que haveriam vítimas. Todavia, isto não diminui a nossa tristeza diante do sacrifício da vida destes dois jovens soldados, que se somam as dezenas de outros homens e mulheres, policiais ou não, que já tombaram na luta contra estes grupos paramilitares que decidiram escravizar o Rio, e que planejam fazer isto em relação ao Brasil", disse Marun no texto publicado em uma rede social.
