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A publicitária Danielle Cunha, de 31 anos, é a sombra de Eduardo Cunha. A estratégia de campanha é igual: pedir votos em bairros da Zona Oeste e ter a ajuda de lideranças evangélicas. Na semana passada, o ex-presidente da Câmara divulgou uma carta nas redes sociais na qual faz propaganda para a filha, que adotou o mesmo número do pai para as urnas.

"Ela é muito mais preparada do que eu. Os meus adversários podem aguardar que ela dará mais trabalho do que eu dei e defenderá tudo o que eu defendi, do interesse da nação e do povo evangélico, como o combate ao aborto, além das suas próprias propostas que debaterá na campanha", escreveu Cunha.

Anteontem, a mando do pai, Danielle também pediu a inelegibilidade da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Minas Gerais. A petista tentará uma vaga ao Senado por aquele estado. Preso em Curitiba desde outubro de 2016 por ordem do juiz Sérgio Moro, o ex-deputado foi o principal articulador do impeachment de Dilma.

"Estou organizando a minha vida. Tentando colocar a minha campanha de pé, pôr o bloco na rua", limitou-se a dizer Danielle quando foi procurada pelo DIA.

Danielle Cunha declarou ao TSE ter R$ 2.004.617,75 em bens, sendo R$ 1.972.216,75 referente a um apartamento.

Após a desistência do irmão Rafael de concorrer à reeleição na Alerj, Leonardo Picciani, de 38 anos, lança oficialmente hoje, em Anchieta, a sua campanha. O pai Jorge e o irmão Felipe foram presos durante a Operação Cadeia Velha, braço da Lava Jato no Rio. Na mesma ação, foram alvos também os deputados Paulo Melo e Edson Albertassi, ambos do MDB.

Coube a Leonardo a tarefa de salvar a trajetória familiar na política. Para isso, teve de pedir exoneração do cargo de ministro dos Esportes, posição que ocupou na gestão de Michel Temer. O deputado tentará o quarto mandato de parlamentar. Em 2006, declarou ter R$ 1,2 milhão em bens. Este ano, Leonardo disse à Justiça Eleitoral ter R$ 9 milhões. A maior parte dos valores vinda da Agrobilara Comércio e Participações, empresa da família Picciani e também alvo da Lava Jato.

Procurado pelo DIA, Leonardo Picciani não quis dar entrevista.

 

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