O contraventor foi preso pela 4ª Vara  Criminal Federal do Rio - Arquivo / Agência O Dia
O contraventor foi preso pela 4ª Vara Criminal Federal do RioArquivo / Agência O Dia
Por ADRIANA CRUZ e FRANCISCO EDSON ALVES

Rio - O bicheiro Rogério de Andrade tem 90 dias para comprovar na Justiça que tem uma ocupação lícita. A ordem é da juíza Larissa Maria Nunes Barros Franklin Duarte, da Vara de Execuções Penais (VEP), que concedeu ao contraventor a liberdade condicional. Na decisão, a magistrada classificou o patrono da Escola de Samba Mocidade Independente de Padre Miguel como primário e estabeleceu que ele compareça a cada três meses no Patronato Margarino Torres para informar em que está trabalhando.

Andrade saiu na sexta-feira da Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, Bangu 8, no Complexo de Gericinó, Zona Oeste. Ele foi preso em junho pela 4ª Vara Federal Criminal do Rio. Na ocasião, ele tinha ido depor em um processo na Justiça Federal e recebeu voz de prisão. O contraventor foi condenado a 10 anos de prisão, por corrupção ativa, em 2009. A decisão foi assinada pelo juiz federal Gabriel Borges Knapp, que determinou a expedição de mandados de prisão para Andrade e outros quatro réus. O processo é referente à operação Gladiador, de 2006, que investigou o pagamento de propina a policiais por chefões das máfias caça-níquel e jogo do bicho.

DIREITO DESDE 2008

A juíza afirmou ainda na decisão que Andrade tinha direito à liberdade condicional desde dezembro de 2008, quando cumpriu três anos e quatro meses da pena. Como publicado pelo DIA em fevereiro, o contraventor andava longe dos holofotes por causa de planos para assassiná-lo, além de seus problemas com a Justiça. Este ano, ele não foi à Sapucaí prestigiar a Mocidade, mas manteve o camarote da escola para convidados, regado a buffet de luxo, com direito a uísque e champanhe.

Em setembro, Andrade afirmou ter sido vítima de um atentado no Itanhangá, ação que deixou sua esposa ferida. Ele já sofreu três ataques. No atentado a bomba colocada em seu carro, em 2010, seu filho Diogo, de 17 anos, e um segurança morreram, na Barra da Tijuca. O bicheiro escapou, mas teve que passar por uma cirurgia de reconstituição da face.

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