Dupla atuaria nas cidades de Três Rios e de Duque de Caxias - Divulgação
Dupla atuaria nas cidades de Três Rios e de Duque de CaxiasDivulgação
Por RAFAEL NASCIMENTO

Rio - A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), com o apoio do Ministério Público do Rio (MPRJ) e a Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme), prenderam nesta sexta-feira em Três Rios dois homens denunciados por tráficos de armas no município do Sul Fluminense e em Duque de Caxias. A ação foi a segunda fase da Operação Web, que mês passado prendeu envolvidos em sequestro-relâmpago de vítimas atraídas por falsos anúncios na Internet.

As prisões foram possíveis após a primeira fase da Operação Web, que entre os presos estava Fabrício Silêncio de Oliveira, o FB. No celular dele foram encontradas informações a respeito do comércio de armas de fogo com Neuliomar Rodrigues Freire e Lincoln de Almeida Peçanha Neto.

"Além de de fazer parte da quadrilha que pratica sequestro-relâmpago e até matava as vítimas, ele também vendiam armas para várias pessoas em Três Rios. Nas buscas e apreensões que aconteceram naquela ocasião, encontramos provas que reforçam sua participação (de FB) na comercialização de armas. Hoje não encontramos armas porque, em razão da outra operação, acreditamos que eles já estavam esperando serem presos", disse o delegado André Timoni, da DHBF. 

Segundo a denúncia do MP, FB era o responsável pela aquisição das armas, munições e acessórios. Ele levava os itens até Três Rios, onde entregava para os denunciados Neuliomar e Lincoln. Esses dois entregavam para os compradores finais das armas. Eles também captavam clientes e faziam os pedidos para Fabrício. 

A Polícia Civil e o MPRJ, através do promotor Fábio Corrêa, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), também apura a participação de um policial militar, ainda não identificado, como o fornecedor do armamento (pistolas e fuzis) e munições para a quadrilha. As armas vendidas chegavam a custar R$ 15 mil.

Após a descoberta do envolvimento dos criminosos com o tráfico de armas, a Desarme, comandada pelo delegado Fabrício Oliveira, também auxiliou nas investigações. Os presos vão responder por associação criminosa e comércio ilegal de armas de fogo. Se condenados eles podem pegar mais de dez anos de prisão. 

 

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