Ministro da Cultura Sérgio Sá Leitão - Divulgação
Ministro da Cultura Sérgio Sá LeitãoDivulgação
Por ESTADÃO CONTEÚDO

Rio - O ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, afirmou que o incêndio de grandes proporções que destruiu o Museu Nacional, na zona norte do Rio, na noite deste domingo, é uma "tragédia incomensurável". Ao jornal Estado de São Paulo, ele afirmou que há duas possibilidades sobre as causas do incêndio em investigação: o fogo pode ter sido causado por um balão ou por um curto-circuito.

"Parece que o fogo começou por cima, no alto, e foi descendo. O Museu Nacional já estava fechado (na hora do fogo), a brigada de incêndio não estava mais lá e havia apenas quatro vigias. Como o fogo começou em cima e na parte de trás, os vigias demoraram para perceber o incêndio. Quando perceberam, já não era mais possível que fizessem alguma coisa", lamentou Leitão na Rádio Eldorado.

Entretanto, a versão do balão é rechaçada pela direção do Museu Nacional e na versão dos vigias que estavam no local quando começou o fogo. "O fogo teria começado no segundo andar, entre as salas das exposições indígenas e da sala das baleias. Neste andar também fica a sala do Imperador. Segundo os quatro vigias, foi onde teria começado. Olha lá as labaredas, isso mostra que o fogo começou ali", conta Alexandre Kellner, diretor da instituição, apontando para a fachada do prédio.  

Local onde teria começado o incêndio, no segundo andar, segundo a direção do Museu Nacional - Agência O Dia

Nesta tarde, o ministro da Educação, Rossieli Soares, e o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, reúnem-se com o reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto Leher. O reitor disse mais cedo que cobrará do governo federal empenho para reconstruir o prédio e o acervo da instituição, que tem a maior coleção da América Latina.

O ministro da Educação, Rossieli Soares, disse nesta segunda-feira que oferecerá apoio ao Museu Nacional do Rio de Janeiro.O ministro da Educação e o reitor irão ao museu para verificar as condições das instalações e analisar a proporção dos danos causados ao acervo da instituição. O MEC informou que à tarde o governo vai detalhar as medidas de apoio que serão tomadas para a recuperação desse patrimônio histórico.

O ministro afirmou ainda ser fundamental uma apuração rigorosa em relação às causas do incêndio. Segundo Leitão, parte do acervo que estava fora do Palácio foi preservada. Técnicos estão estimando o que foi possível recuperar.

"É preciso dizer que uma parte do Museu que fica no Horto como a botânica, biblioteca central que tem cerca de 500 mil volumes, parte da coleção de arqueologia e uma parte de coleção de vertebrados foram preservados", explicou Leitão.

Você pode gostar