No topo do prédio, a ausência de uma das estátuas de deusas que compunham a arquitetura. Devido ao perigo, funcionários são impedidos de entrar agora para recolher material - Agência O Dia
No topo do prédio, a ausência de uma das estátuas de deusas que compunham a arquitetura. Devido ao perigo, funcionários são impedidos de entrar agora para recolher materialAgência O Dia
Por RAFAEL NASCIMENTO

Rio - As 22 estátuas de deusas que estão no topo do Museu Nacional, destruído por um incêndio, correm o risco de cair a qualquer momento. Uma delas, que representam o espaço das musas, já caiu durante a madrugada e, com isso, os trabalhos de rescaldo feito pelo Corpo de Bombeiros, seguido da busca de funcionários do museu para achar itens que não foram perdidos, foi interrompido, já que estruturas da parte interna também podem ruir. Às 9h35, uma laje da parte interna do prédio desabou. A Polícia Federal (PF) isolou todo o perímetro e ninguém mais passa para a área do palácio.

"Ninguém mais pode entrar, há também um risco de desabamento interno, das lajes e divisórias, pessoas podem ser atingidas por essas estruturas. Bombeiros deixaram o local. Temos que analisar e, depois de um pós-risco, os funcionários do museu poderão entrar para fazer a retirada dos escombros. Não existe previsão para que funcionários possam entrar para fazer esse recolhimento, pois precisamos fazer o isolamento", disse Luis Andre Moreira, coordenador técnico da Defesa Civil do município do Rio.

Além das estátuas, gradis, sancas e ferros — que estão do lado de fora — podem desabafar, por isso o motivo da interdição. Para os funcionários do museu entrar também será necessária a contratação de uma empresa credenciada pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-RJ) retirar os escombros.

Os focos de fogo ainda resistem em meio aos escombros e os bombeiros, que também estão impedidos de acessar ao local, apagam de longe os pequenos incêndios.

Exército reforça segurança

Militares das Forças Armadas reforçam a segurança no entorno do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, na manhã desta terça-feira. O objetivo é evitar saques de peças preciosas que possam ainda estar perdidas nos escombros da instituição. A decisão é do Comando Militar do Leste, por solicitação da Secretaria de Segurança.

O número do efetivo não foi divulgado, mas são equipes de cinco a nove homens que, além dos armamentos convencionais, usam armas não letais e dispositivos para efetuar imobilizações e prisões. O Exército se junta a agentes da Guarda Municipal e à Polícia Militar, que estão no local desde ontem. 

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