Hospital Municipal Evandro Freire, na Ilha do Governador - Divulgação / Rogério Santana
Hospital Municipal Evandro Freire, na Ilha do GovernadorDivulgação / Rogério Santana
Por O Dia

Rio - Funcionários do Hospital Municipal Evandro Freire, na Ilha do Governador, Zona Norte carioca, decidiram cruzar os braços. Em greve, eles reclamam de más condições de trabalho e da falta de pagamentos. Muitos dizem que ainda não receberam os vencimentos referentes ao mês de agosto. O CTI estaria fechado, dizem funcionários.

Sindicalistas afirmam que apenas 30% dos funcionários terceirizados estão trabalhando e que a situação pode piorar caso os salários não sejam pagos e as condições de trabalho não melhorem.

Dezenas de pacientes à espera de tratamento estão sem leitos, e os que cansaram de esperar nos corredores pedem para ir embora. A prefeitura afirma que, por ser um ambiente de portas abertas, pode acabar operando acima da capacidade.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde comentou sobre os pagamentos devidos:

"Diante da crise fiscal e com as dificuldades financeiras, as secretarias municipais de Saúde e Fazenda trabalham juntas para buscar os recursos necessários para realizar os pagamentos que são feitos conforme a disponibilidade orçamentária e financeira do Tesouro Municipal. A Organização Social que administra o Hospital Municipal Evandro Freire recebeu repasse na manhã de hoje."

O secretário municipal da Casa Civil, Paulo Messina, afirmou que o redimensionamento da rede de saúde vai melhorar o atendimento à população. Ele garantiu que nenhuma unidade de saúde será fechada e informou que a Prefeitura busca enxugar R$ 400 milhões no custeio com as Organizações Sociais (OSs). Será feita uma redistribuição de prioridades na atenção primária, com base no Índice de Desenvolvimento Social (IDS) dos bairros da cidade, apurado pelo Instituto Pereira Passos (IPP).

Também declarou que: "Hoje a rede de atenção primária está muito maior do que a Prefeitura pode pagar e da necessidade de alguns bairros. Santa Cruz, por exemplo, tem 117% de cobertura, ao passo que regiões de baixo Índice de Desenvolvimento Social (IDS), como Rio das Pedras e Cidade de Deus, também na Zona Oeste, não têm cobertura. Há um desperdício de dinheiro público enorme em muitas áreas da cidade, e isso acaba no que a gente vê todo dia na imprensa: crise na saúde, porque não há dinheiro para pagar todas as contas. O redimensionamento da rede de saúde é colocar a rede do tamanho que a Prefeitura pode pagar, sem tirar assistência da população, mas cortando custos das OS".

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