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Uma inspeção da prefeitura no BRT Transoeste achou indícios de descumprimento dos padrões técnicos da construção. Além do uso de material de qualidade inferior à especificada em contrato, as equipes constataram espessuras até 10 cm menores do que as que deveriam formar o pavimento, o que indica vantagens para as construtoras. Outra vistoria feita na semana passada, no Transcarioca, apontou prejuízos superiores a R$ 500 milhões para o município na obra daquele corredor por problemas semelhantes (R$ 110 milhões em serviços e materiais e R$ 400 milhões em aditivos). Os prejuízos no Transoeste ainda serão orçados.

As equipes abriram dez trechos do Transoeste. Perto das estações Magarça e Pingo D'Água, a pista tinha espessuras de 39 cm, 40 cm e 44 cm (deveria ter 45 cm). No Pontal, havia areia em vez de brita. Para o prefeito Marcelo Crivella, os defeitos da pista são causados pelas irregularidades. A obra, do governo de Eduardo Paes, custou mais de R$ 1 bilhão. A prefeitura vai notificar as construtoras para exigir ressarcimentos e enviará a denúncia ao MP. Uma delas, a Odebrecht, respondeu, por nota, que "executou os serviços no trecho de sua responsabilidade dentro de todas as especificações exigidas pelo projeto, que foi concluído em 2012".

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