Rio - Conforme antecipado na edição impressa do jornal O DIA desta quarta-feira, forças de segurança do estado fazem, desde o fim da madrugada, uma ação para a retirada das bases da UPP Coroa/Fallet-Fogueteiro, na região central da cidade. Uma equipe de Demolição Tática (UEDT) do Batalhão de Operações Especiais (Bope) foi acionada para retirar a estrutura do conjunto de favelas. A desativação foi decidida porque as bases não eram blindadas e ficavam em locais considerados “não seguros” nos Morros do Fallet, Fogueteiro e Coroa.
Pouco depois das 8h50, um caminhão guincho subiu a rua Itaperu — escoltado por policiais do Batalhão de Polícia de Choque (Bope) — até o local onde ficava um dos contêineres. Até o momento, somente uma das três bases foi retirada.
De acordo com o Comando Conjunto da Intervenção Federal na Segurança Pública do Rio, estão sendo realizados cerco, estabilização dinâmica da área e a retirada de barricadas. Durante a manhã, moradores que desciam das comunidades a pé ou em veículos eram revistados pelos militares. Não houve registro de confronto nessas localidades onde as bases estavam.
O efetivo da unidade será incorporado ao 5º BPM (Praça da Harmonia). Segundo a Polícia Militar, a medida reforçará o policiamento ostensivo no Centro do Rio e faz parte do processo de realinhamento das UPPs previsto para este ano.
De março até agora, passaram por processo semelhante seis UPPs (Vila Kennedy, Batan, Mangueirinha, Cidade de Deus, Camarista Méier e São Carlos) e, agora, Coroa/Fallet-Fogueteiro.
A operação para a retirada das estruturas contou com o apoio de 1000 homens das Forças Armadas e 280 da PM. Além de tanques de guerra e até helicópteros.
Reorganização operacional
A UPP Fallet, Fogueteiro e Coroa foi inaugurada em fevereiro de 2011 e foi a 15ª base a ser implantada em uma comunidade do estado. Naquela ocasião foi inaugurada com pompa e circunstância pelo então governador Sérgio Cabral (MDB) que foi acompanhado do ministro da Justiça à época, José Eduardo Cardozo, e da então Secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki.
Na ocasião em questão, a unidade chegou a ser composta por 240 policiais. Atualmente não tinha nem a metade e vinha enfrentando problemas com a criminalidade local.
Na favela está previsto um projeto de instalação de uma Companhia Destacada que ficará subordinada ao batalhão local.