A grafiteira e ativista Panmela Castro produziu um mural de 500 metros quadrados, no centro do Rio de Janeiro, para homenagear as mulheres negras - Fernando Frazão/Agência Brasil
A grafiteira e ativista Panmela Castro produziu um mural de 500 metros quadrados, no centro do Rio de Janeiro, para homenagear as mulheres negrasFernando Frazão/Agência Brasil
Por O Dia

Rio - A grafiteira e ativista Panmela Castro produziu um mural de 500 metros quadrados, no centro do Rio de Janeiro, para homenagear as mulheres negras. A inauguração do enorme grafite, na histórica Rua do Lavradio, será no final da tarde desta terça-feira (20), Dia Nacional da Consciência Negra.

Para a artista, o mural é uma forma de homenagear essa parcela feminina da população, a mais excluída de todos os processos e a que mais morre. A imagem mostra duas mulheres negras ligadas pelo cabelo e faz parte da série de grafites “Irmãs Siamesas”, que já foi pintada em grandes cidades como São Paulo, Miami, Nova Iorque, Amsterdã e Berlim.

O mural inaugurado hoje chama-se “Dororidade”, um jogo com a palavra sororidade, que significa solidariedade entre as mulheres. “Dororidade é um livro de Vilma Piedade, escritora negra que fala sobre esse conceito que é como uma sororidade, mas a partir da dor que se sofre com o machismo e o racismo”, disse.

Junto com o painel, também será lançado o videoclipe do rap "Dororidade", interpretado pela artista Andrea Bak, em homenagem ao trabalho de Panmela.

Além do mural, será inaugurada a exposição, no restaurante Rio Scenarium, com 50 obras das alunas do projeto AfroGrafiteiras, coordenado por Panmela Castro, que usa o grafite como forma de promover os direitos das mulheres. 

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