Rio - Com a prisão de Luiz Fernando Pezão, na manhã desta quinta-feira, pela Polícia Federal (PF), quatro dos cinco últimos governadores eleitos no Rio de Janeiro, de 1998 e 2018, foram ou estão presos. Pezão recebeu voz de prisão no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governo do estado, quando tomava café da manhã, por volta das 6h. Já Sérgio Cabral, Anthony Garotinho e Rosinha Matheus foram presos quando já não eram mais governadores. Wilson Witzel, que toma posse no dia 1º de janeiro de 2019, é a exceção.
Pezão é acusado de receber propina durante os oito anos em que foi vice-governador nos mandatos do então governador Sérgio Cabral (2007-2014). O vice-governador do Rio, Francisco Dornelles (PP), assumirá o governo do Estado após a prisão, confirmou a assessoria de imprensa do Palácio Guanabara.
Cabral foi preso em novembro de 2016, suspeito de receber propina para a concessão de obras públicas. O ex-governador do Rio segue preso na penitenciária de Bangu 8. Ele é condenado no desdobramento da Operação Lava Jato no Rio, além de ser réu em diversos processos. As condenações de Cabral já somam 170 anos e 8 meses de prisão.
Anthony Garotinho foi preso pela primeira vez também em novembro de 2016 suspeito de integrar um esquema de compra de votos envolvendo o programa social Cheque Cidadão. Ele foi preso três vezes no período de um ano.
A segunda prisão foi em setembro de 2017, quando foi condenado por fraude eleitoral. Ele cumpriu prisão domiciliar com o uso de tornozeleira eletrônica. Em novembro de 2017, Garotinho foi preso pela terceira vez. Na ocasião, ele foi preso com a mulher, a também ex-governadora Rosinha Matheus, por crimes eleitorais.
Neste ano, Garotinho chegou a lançar sua candidatura ao governo estado nas eleições de 2018. Porém, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) barrou a candidatura com base na Lei da Ficha Limpa.