Polícia Civil em operação em Belford Roxo, nesta sexta. Mortes por intervenção policial na Baixada tiveram alta em janeiro - Reprodução / Internet
Polícia Civil em operação em Belford Roxo, nesta sexta. Mortes por intervenção policial na Baixada tiveram alta em janeiroReprodução / Internet
Por O Dia

Rio - No primeiro mês de governo de Wilson Witzel, o número de mortes por intervenção policial na região da Baixada Fluminense teve um aumento de 47,5% no mês de janeiro. Enquanto em janeiro 2018 foram 40 mortes, no mesmo mês este ano foram 59 óbitos. Essa tipificação ocorre quando um agente do estado reage a um ataque de criminosos. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto de Segurança Pública (ISP).

Outra região com aumento de mortes por intervenção policial é a apontada como Leste da Região Metropolitana, que engloba Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá, Tanguá, Rio Bonito e Cachoeiras de Macacu. Foram 27 mortes em janeiro de 2018, contra 34 no mesmo mês este ano, um aumento de 25,92%.

Na capital do estado, houve uma queda no número de mortes por intervenção policial: 54 em janeiro de 2019, contra 72 no mesmo mês do ano passado, uma redução de 25%. Comparando todo o estado, houve um aumento de três mortes, 1,9%. 

O indicador de letalidade violenta, que engloba homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e morte por intervenção de agente do Estado, teve uma queda de 14%, com menos 91 mortes. O crime de homicídio doloso apresentou uma redução de 18% em relação ao mesmo período do ano passado. Este foi o mês de janeiro com menor número de vítimas nos últimos sete anos e o segundo menor nos últimos 28 anos, de acordo com o ISP.

Mortos em três operações somam mais da metade em relação a fevereiro de 2018

As mortes registradas em operações policiais no mês de fevereiro deste ano já somaram mais da metade em relação ao ano passado em apenas três ações. Segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), a capital do Rio registrou 27 mortes por intervenção de agentes do Estado em 2018. Apenas na operação do último dia 8, no Morro do Fallet, o número chegou a 15. Nesta semana, um morto em uma operação no Complexo da Penha – que deixou ainda quatro baleados, entre eles um adolescente de 14 anos que havia saído para comprar pão –, e dois mortos em uma operação na comunidade do Muquiço, em Guadalupe, se juntam às estatísticas, que chegaram a 18 mortes. O resultado, segundo especialistas, pode ser atípico.

O governador do Estado, Wilson Witzel, elogiou publicamente a atuação da polícia na operação do Fallet, após uma reunião com o secretário da PM, coronel Rogério Figueredo. Witzel se elegeu com uma plataforma de endurecimento da polícia de enfrentamento na segurança pública, chegando a usar a palavra "abate" em discursos oficiais e no próprio programa de governo. No Twitter, o governador escreveu que "a ação no Fallet Fogueteiro foi uma ação legítima da polícia". Até a publicação desta matéria, o governo não havia se pronunciado sobre o número de mortos nas ações policiais neste mês.

 

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