Respondem pelo homicídio os ex-policiais Ronnie Lessa (reformado) e Élcio Queiroz (expulso da Polícia Militar) - Divulgação / Polícia Civil
Respondem pelo homicídio os ex-policiais Ronnie Lessa (reformado) e Élcio Queiroz (expulso da Polícia Militar)Divulgação / Polícia Civil
Por O Dia

Rio - Advogados do sargento reformado Ronnie Lessa e do ex-policial militar Elcio Vieira de Queiroz, acusados pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, negaram que seus clientes pensem em fazer delação premiada.

O advogado Henrique Telles, que atua na defesa de Lessa, afirmou ainda que o seu cliente "sequer havia ouvido falar em Marielle". Queiroz, Lessa e Alexandre Mota de Souza, que é amigo de infância de Lessa e guardava fuzis em sua casa no bairro do Méier, prestaram depoimento hoje na Delegacia de Homicídios (DH) Os depoimentos foram sobre porte ilegal de armas e não sobre o caso Marielle.

A polícia afirma que não tem dúvidas de que os fuzis encontrados no Méier eram de Lessa.

Acusados das mortes de Marielle e Anderson vão direto para o banco dos réus

À coluna Justiça e Cidadania, fontes do Tribunal de Justiça garantem que o juiz do 4º Tribunal do Júri, Gustavo Kalil, vai mandar os acusados das mortes da vereadora Marielle Franco, do Psol, e de seu motorista Anderson Gomes direto para o banco dos réus. Kalil decretou a prisão preventiva do PM reformado Ronnie Lessa, apontado como o atirador, e do ex-PM Elcio Vieira de Queiroz, motorista do veículo usado no crime.

Delegado responsável por investigação de assassinato de Marielle deixa a função

Como o DIA havia antecipado nesta terça-feira, o delegado Giniton Lages, titular da Delegacia de Homicídios (DH) da Capital e responsável por investigar a morte da vereadora Marielle Franco (Psol) e seu motorista Anderson Pedro Gomes, deverá deixar a chefia da especializada nas próximas semanas. Quem deverá assumir a titularidade da DH será o delegado Daniel Rosa, que hoje chefia a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). Rosa já passou pela DH-Capital como delegado-adjunto.

De acordo com o governador do estado, Wilson Witzel (PSC), Lages não participará da segunda etapa da apuração do crime - que teria como objetivo principal determinar os mandantes da execução e as razões.

Witzel, informou no início da tarde desta quarta-feira, que Lages está deixando a função para fazer um intercâmbio de quatro meses na Itália. Durante a investigação, Lages foi acusado de pressionar suspeitos a confessarem participação no crime, o que acabou levando a Procuradoria-Geral da República a determinar uma investigação federal sobre a investigação do crime.

"Ele não está sendo exonerado", frisou o governador, rebatendo rumores que estavam circulando desde o início da manhã. "Também não está sendo afastado de nada; ele encerrou uma fase da investigação e, agora, outra autoridade vai assumir o caso para, eventualmente, determinar o mandante."

Segundo o governador, a substituição de Lages não trará prejuízos à investigação. "Ele (Lages) está cansado, esgotado", justificou. "O conhecimento da investigação foi compartilhado com outros delegados; mudar um delegado para colocar outro, mais descansado, é natural; trata-se de uma melhoria da capacidade investigativa."

*Com informações do Estadão Conteúdo 

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