A sessão aconteceu nesta segunda - Cleia Viana / Câmara dos Deputados
A sessão aconteceu nesta segundaCleia Viana / Câmara dos Deputados
Por Agência Brasil

Brasília - A vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e o motorista Anderson Gomes foram homenageados em sessão solene no plenário da Câmara dos Deputados nesta segunda-feira. Os dois foram assassinados a tiros no dia 14 de março de 2018, no Estácio, na região central do Rio. Na última terça, a Polícia Civil prendeu Elcio Vieira de Queiroz e Ronnie Lessa como os suspeitos de serem os assassinos dos dois.

O pai da vereadora, Antônio Francisco da Silva, disse que a homenagem é uma oportunidade de continuar a cobrança para se chegar aos possíveis mandantes do crime. "Uma primeira resposta foi dada, mas pequena, porque foram presos dois assassinos. Faltam respostas para outras perguntas: quem mandou matar Marielle e por que mandou matar Marielle?".

Pai de Marielle, Antônio Francisco da Silva Neto - Cleia Viana / Câmara dos Deputados

A viúva de Anderson, Ághata Reis, presente à sessão solene, também cobrou a resposta principal para os familiares da vereadora e do motorista, os possíveis mentores e as razões para a execução. "Apesar dos dois presos, a gente não tem um fechamento da história com o motivo para entender tudo o que aconteceu".

Em discurso lido pelo líder do Psol na Câmara, Ivan Valente (SP), o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que os assassinatos de Marielle e Anderson refletem o "trágico avanço da escalada da barbárie que vem avassalando o rumo do Rio de Janeiro".

"A execução de uma legítima representante da população carioca, militante ativa de causas presentes, representa um inequívoco atentado contra a democracia, e exige, nessa medida, solução e punição exemplares", afirmou Maia.

Viúva do motorista Anderson Gomes, Ágatha Reis - Cleia Viana / Câmara dos Deputados

Segundo o presidente da Câmara, Marielle representava parcelas significativas da população "cujos direitos vêm sendo sistematicamente atingidos pela discriminação social". "Foi essa luta que se viu barbaramente interrompida em nome de interesses ainda não completamente elucidados", acrescentou Maia.

Para Ivan Valente, que requereu a sessão solene, a vereadora representava as pessoas que sofrem com racismo e com o preconceito por sua orientação sexual. "Marielle vai viver na mente, nos corações e nos ideais de milhões de brasileiros".

A sessão aconteceu nesta segunda - Cleia Viana / Câmara dos Deputados
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