Mesmo presos, deputados foram empossados na Alerj - Paulo Carneiro/Parceiro/Arquivo/Agência O Dia
Mesmo presos, deputados foram empossados na AlerjPaulo Carneiro/Parceiro/Arquivo/Agência O Dia
Por O Dia

Rio - O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) divulgou nota hoje negando que teria determinado ou autorizado a posse de cinco deputados estaduais presos na Operação Furna da Onça, nesta quinta-feira. A informação havia sido passada pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), na tarde de ontem.

De acordo com a nota, após a prisão, a posse dos parlamentares deveria ser uma questão discutida internamente pelo poder legislativo. O TRF-2 esclareceu ainda que estipulou a prisão preventiva dos acusados e que, por este motivo, houve o impedimento de participarem do ato. Os deputados assumiram o cargo de dentro do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, após assinarem o livro que sacramentou a cerimônia, o que nunca tinha acontecido antes na história da Alerj.

A Operação Furna da Onça foi um desdobramento da Lava Jato no Rio e prendeu os parlamentares André Corrêa (DEM), Francisco Manoel de Carvalho, o Chiquinho da Mangueira (PSC), Luiz Antônio Martins (PDT), Marcos Abrahão (Avante) e Marcos Vinícius de Vasconcelos Ferreira, o Neskau (PTB). Todos foram acusados de corrupção e envolvimento no loteamento de cargos públicos. O grupo criminoso era liderado pelo ex-governador Sérgio Cabral, que também está preso condenado a quase 200 anos.

A Justiça Federal divulgou um documento, enviado pela Alerj sobre, informando que a Mesa Diretora havia deliberado sobre dar a posse aos deputados eleitos submetidos a prisão cautelar. Mesmo empossados, os parlamentares não terão direito a salário ou gabinete. Os suplentes devem ser convocados em até 48 horas.

Procurada, a Alerj ainda não se pronunciou sobre o comunicado do TRF-2.

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