12/04/2019 - Desabamento de dois predios de seis andares na manha desta sexta-feira na favela da Muzema, no Itanhanga, Zona Oeste do Rio. Na imagem, rua destruida no local. Foto de Alexandre Brum / Agencia O Dia - Alexandre Brum / AgÊncia O Dia/Arquivo
12/04/2019 - Desabamento de dois predios de seis andares na manha desta sexta-feira na favela da Muzema, no Itanhanga, Zona Oeste do Rio. Na imagem, rua destruida no local. Foto de Alexandre Brum / Agencia O DiaAlexandre Brum / AgÊncia O Dia/Arquivo
Por O Dia

Rio - Um adolescente de 12 anos foi resgatado, por volta das 23h10 desta sexta-feira após passar cerca de 16 horas sob os escombros dos prédios que desabaram na comunidade da Muzema, na zona oeste do Rio de Janeiro. Os bombeiros identificaram Hilton Guilherme Sodré de Souza soterrado, por volta das 18h, e trabalharam durante 5h para retirá-lo do local. Ele tinha fraturas e ferimentos no rosto e acabou não resistindo, morrendo durante cirurgia às 2h50 deste sábado no Hospital Miguel Couto, na Gávea. Seus pais estão desaparecidos.

Dezessete pessoas ainda estão desaparecidas e podem estar sob os escombros, conforme o Corpo de Bombeiros, que está há mais de 24 horas tentando localizar vítimas entre os escombros. São mais de 100 militares, cães farejadores, drone, helicópteros, ambulâncias e viaturas de recolhimento de cadáveres. 

Sete pessoas morreram e outras nove ficaram feridas após o desabamento de dois prédios construídos ilegalmente na comunidade da Muzema, na zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã desta sexta-feira.

Todo o condomínio foi construído sem licenciamento e não tem ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) nem engenheiro responsável. As obras foram interditadas em novembro de 2018, segundo a prefeitura do Rio.

O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, foi até a comunidade da Muzema para acompanhar as buscas. Ao chegar ao local, por volta das 8h30 da manhã, duas horas depois do desabamento, o prefeito foi vaiado pela população que se aglomerava na rua à espera de notícias sobre os moradores dos prédios.

Juliana Carvalho Moura, que mora na casa em frente aos dois prédios que desabaram, contou que uma moradora do primeiro andar de uma das construções chegou a gritar para tentar alertar os vizinhos do desmoronamento iminente. "Eram umas 6h30, e dava pra ouvir muitos estalos, barulho, e a mulher começou a gritar 'tá caindo, tá caindo, sai, vai cair'. Achei que era a ribanceira que estava caindo, mas era o prédio", contou.

Com informações do Estadão Conteúdo

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