Rio de Janeiro, 13 de abril, Muzema. Desabamento em Muzema. O morador Anotnio e sua esposa.  Foto Marcio Mercante / Agencia O Dia. - Marcio Mercante / Agencia O Dia
Rio de Janeiro, 13 de abril, Muzema. Desabamento em Muzema. O morador Anotnio e sua esposa. Foto Marcio Mercante / Agencia O Dia.Marcio Mercante / Agencia O Dia
Por Maria Luisa de Melo

Rio - Quase 48 horas depois do desabamento de dois prédios na Favela da Muzema, no Itanhangá, na Zona Oeste da cidade, moradores de prédios vizinhos cobram a atuação da Defesa Civil para avaliar as moradias que ainda estão de pé. O medo é de um novo desastre.

Há um ano e dois meses vivendo no Condomínio Figueira do Itanhangá, o casal Antônio Rodrigues Magalhães, de 46 anos, e Daniele Rodrigues, de 33, aguarda a visita dos agentes. Ex-moradores da Rocinha, eles se mudaram para a Muzema na tentativa de ter uma vida mais tranquila longe dos tiroteios que presenciavam na Zona Sul. Mas a tranquilidade, contam, acabou.

"O nosso prédio não é tão perto dos que caíram. Mas estamos preocupados. Nos indicaram para ligar para o 1746, já ligamos, mas ainda não veio ninguém", reclamou a supervisora de restaurantes Danielle. Segundo ela, houve promessa de vistoria, sem estabelecimento de prazo. 

Depois de abrir diversos chamados no serviço disponibilizado pela Prefeitura, sem sucesso, a dona de casa Juliana de Albuquerque, de 32 anos, recorreu a um agente que passava na rua.

"Moço, tá jorrando água por debaixo do meu prédio. Alguém tem que fazer alguma coisa, por favor!", disse ela, emocionada. Em vão. O agente até visitou o imóvel, mas pediu que o casal aguarde a vistoria de um engenheiro do órgão. 

"A minha casa é tudo o que eu tenho. Nosso maior medo é perder nossa casa ou as nossas vidas. A gente tem pressa. Não dá para esperar mais", criticou ela.

Defesa Civil diz que está trabalhando

 

Em nota, a Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil informou que atua, com técnicos e engenheiros, no atendimento às emergências na região da Muzema, desde a queda de dois prédios, nesta sexta-feira, 12. Ainda segundo o órgãos, só na sexta, 13 imóveis foram interditados no local.

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