Luenderson estava desaparecido desde terça-feira  - Reprodução / Internet
Luenderson estava desaparecido desde terça-feira Reprodução / Internet
Por Dejair Neto*

Rio - O corpo do menino Luenderson Silva Nunes, de 11 anos, demorou mais de 12h para ser removido pela Defesa Civil. A demora, porém, está atrelada à lentidão da Polícia Civil na perícia. A criança foi encontrada morta dentro do lago do Aterro Sanitário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste. Familiares de Luenderson denunciaram a demora na remoção do corpo e o tratamento dos bombeiros.

Depois de mais de 12h de espera, o corpo de Luenderson foi removido pela Defesa Civil. O menino estava desaparecido desde terça-feira e foi encontrado num lago localizado na Estrada do Gericinó, onde há um aterro desativado. A família informou que a chegada da Defesa Civil foi por volta das 18h. O padrasto da criança José Luiz da Conceição, de 42 anos, revelou detalhes da angústia da espera.

"A gente já passa um aperto, a dor de perder um filho e ainda tem que contar com a ironia dos bombeiros. Eles não têm paciência. Meu filho tava em estado de quase decomposição. A dor de procurar um filho a mais de três dias, estamos indignados com a demora. Todas as vezes que a gente ligou, trataram a gente com ignorância. Graças a Deus levaram o corpo, mas demoraram muito", lamentou o padrasto.

Mais cedo, a Polícia Civil disse que foi acionada e que agentes estiveram no local e isolaram a área para a realização da perícia. A Defesa Civil também disse que foi ao local e que, até meados das 12h30, aguardava a chegada de peritos para só depois fazer a remoção do corpo da criança ao Instituto Médico Legal (IML).

Em nota, a Defesa Civil informou que "o acionamento do Serviço de Recolhimento de Cadáveres da Defesa Civil do Estado somente é realizado pela delegacia da área, uma vez que é necessária a emissão da Guia de Recolhimento de Cadáver (GRC) por parte da autoridade policial. Este documento é imprescindível para entrada no IML. Outro fato a ser considerado no tempo para remoção, é de que as viaturas de recolhimento de cadáveres contam com 2, 4 ou 8 vagas, dependendo do modelo. Assim, se no momento de um recolhimento for registrado novo chamado, ela atenderá de forma protocolar".

Até o momento, a Polícia Civil não se posicionou sobre a demora. O espaço está aberto para manifestação.

*Estagiário sob supervisão de Thiago Antunes

 

 

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