Lei que torna os santos padroeiros do Estado foi publicada no Diário Oficial desta quarta-feir - Daniel Castelo Branco / Agência O Dia
Lei que torna os santos padroeiros do Estado foi publicada no Diário Oficial desta quarta-feirDaniel Castelo Branco / Agência O Dia
Por O Dia

Na Rua Clarimundo de Melo, em Quintino, ambulantes faturaram ontem em barraquinhas que vendiam produtos religiosos, objetos em geral, comidas e bebidas. Segundo eles, é o dia santo com maior possibilidade lucro, devido à quantidade de pessoas e o tempo que os devotos ficam perto do templo. Com o sol à pino, uma multidão passava entre os vendedores em fila. A maioria vestida com as cores vermelha e branca, carregavam velas e terços em direção à Paróquia de São Jorge. Milhares de fiéis foram fazer seus pedidos e agradecimentos ao Santo Guerreiro.

A ambulante Viviane da Silva, 39 anos, por exemplo, contou que conseguiu faturar R$ 1.000 com a venda de artigos religiosos. Ela chegou meia-noite para acompanhar a alvorada de fogos, às 5h. "Estão saindo muitas imagens, chaveiros e blusas", contou. Segundo ela, que marca presença na festa de todos os santos pelo Rio, a data de São Jorge atrai mais que o dobro de consumidores para sua barraquinha.

"É o santo dos cariocas", disse a comerciante de velas Nayara Matheus, 23 anos. Ela segue os passos da mãe, que vendeu por anos o item na porta de igrejas. "No Dia de São Jorge as vendas aumentam até 60% em relação a outras festas", comemorou ela, que também é devota.

O vendedor Sérgio Francisco, 53 anos, lucrou com o comércio de até 5 mil fitinhas no dia do santo da Capadócia. "Até quem trabalha na porta de igreja gosta mais de São Jorge, vende mais", brincou ele, que nas outras datas vende média de mil fitas.

Dentro da igreja, na Zona Norte, entretanto, o clima era outro. A fiel Adriana Campos, 36 anos, se emocionou ao ver pela primeira vez o santuário. "Algo muito importante me trouxe aqui. Vim pedir a reestruturação da minha família", disse ela. "Ele me ajudou a vencer a depressão há dois anos. Enfrentei toda a fila e calor para vir aqui, a fé move montanhas", ressaltou Juliana Alchorne, 31. Em outros pontos da cidade, como no Centro, também foram organizadas feijoadas gratuitas para a população de rua em comemoração à São Jorge.

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