Rio - O Prefeito Marcelo Crivella inaugurou, no fim da manhã desta quinta-feira, o túnel que desvia grande parte da água do Rio Joana, diretamente para a Baía de Guanabara, altura de São Cristóvão. O Rio Joana, cujo transbordamento constante causa alagamentos na Grande Tijuca em dias de temporais, tem seu fim de curso no Canal do Mangue, na Leopoldina.
A obra teve início em 2012, na primeira das duas gestões de Eduardo Paes, e estava prevista para ser entregue na Olimpíada de 2016, em agosto. Ela acabou paralisada em setembro daquele ano e foi retomada por Crivella apenas em março.
"É possível que tenha havido algum atraso. Foi uma obra muito complexa, foi paralisada por causa de dívidas da Olimpíada. Além disso, ela passa por baixo de prédios. Tivemos a necessidade de fazer muitos testes", disse Crivella, quando questionado se a obra foi inaugurada com atraso, principalmente após a enchente na Grande Tijuca no dia 8.
O presidente da Rio-Águas, Marcelo Jabre, explicou como funcionará o escoamento da água na região. "O canal, de 3.400 metros, começa sob o cruzamento das Ruas Manoel de Abreu com Eurico Rabello. Fizemos dez bocas que levam a água do Rio Joana para esse novo curso, que vai direto para a Baía de Guanabara. Esse túnel passa por baixo da linha férrea, no Morro da Mangueira, de São Cristóvão e sai nas Docas. O curso original segue, a partir do Maracanã, com apenas 10% do volume original de água", disse Jabre.
De acordo com a prefeitura, o empreendimento inclui o maior túnel de drenagem urbana do Brasil, com 2.400 metros.
