Por O Dia

Rio - O Ministério Público do Rio (MPRJ) fez, nesta terça-feira, uma operação contra uma quadrilha de 17 advogados acusados de usar documentos falsos para dar entrada em processos nos Juizados Especiais Cíveis com ações indenizatórias contra diferentes empresas. A Operação Causa Perdida, como foi chamada, cumpriu quatro de cinco mandados de prisão e oito de busca e apreensão. Os alvos respondem pelos crimes de associação criminosa, estelionato e falsificação de documentos.

Um dos presos, Maurício Maia de Oliveira, que foi encontrado em sua residência em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio.

De acordo com as investigações, Maurício e Murilo Maia de Oliveira são os líderes da quadrilha, que utilizam comprovantes de residência falsos, pedidos de compras de mercadorias alterados e outros documentos falsificados nas ações indenizatórias. Nos processos, eles alegam o descumprimento de obrigações em negócios jurídicos inexistentes, induzindo ao erro as empresas vítimas do golpe.

Maurício deu entrada, como autor, a cerca de 185 ações, enquanto Murilo ajuizou cerca de 135.

Já Anderson de Carvalho Urbano e Felipe de Almeida Bauer eram auxiliares diretos dos líderes da quadrilha, enquanto Leonardo Xavier Costa Viana deu entrada em dezenas de ações sugeridas por Maurício e Murilo, tornando-se um dos principais articuladores do esquema.

Anderson é responsável por 145 ações, enquanto Felipe 55 e Leonardo 45.

Além dos mandados de prisão e de busca e apreensão, o MPRJ também pediu a suspensão do exercício da advocacia por Murilo e Maurício, bem como o sequestro de bens móveis e imóveis dos denunciados.

Em nota, OAB/RJ defendeu que "caso seja comprovada a culpa, após o devido processo legal, eles responderão a processo de exclusão em razão da perda da inidoneidade".

Você pode gostar
Comentários