Rio - Em um vídeo que circula na Internet, o chefe do tráfico de drogas do Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, Thomas Jayson Gomes Vieira, o 2N, aparece dizendo que agora é o "3N" (assista abaixo), confirmando uma suspeita de que ele teria mudado de facção, passando a integrar o Terceiro Comando Puro (TCP). Essa mudança teria sido uma das causas do rompimento entre ele e Antonácio do Rosário, de 35 anos, o Schumaker.
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2N, agora 3N, que completou 25 anos no último dia 13, teria mandado matar o antigo aliado do Jardim Catarina, na quinta-feira da semana, por causa de desavenças. A polícia investiga informações de que ele fugiu do município após a morte de Schumaker, com medo de represálias.
Desde a morte do traficante, os moradores do Jardim Catarina vivem sob o clima de tensão, com toques de recolher, que impõem comércio e escolas fechados e ônibus sem circular pela comunidade. Desde então, a PM faz uma operação envolvendo vários batalhões para a retirada de barricada da região e intensificação do policiamento.
Schumaker teria sido morto com alguns aliados, mas o corpo dele ainda não foi encontrado. Nesta segunda-feira, a Polícia Civil encontrou quatro corpos carbonizados dentro de um carro no Salgueiro. Há a hipótese de um deles ser de Schumaker.
Enquanto 2N deixou o Salgueiro, informações recebidas pelo Disque Denúncia apontam que Marcelo da Silva Souza, o Marcelo Rosão, 28, deverá assumir o lugar do traficante no conjunto de favelas. Também da facção Comando Vermelho, até então ele é responsável pelo comércio de drogas do Morro do Tronco/Bicinho e Sacramento, todas comunidades de São Gonçalo.
Rosão é um dos homens de confiança de Antônio Hilário Ferreira, Rabicó ou Coroa, chefão do Comando Vermelho na região, que foi preso em 2008 e está no Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.
Contra Rosão há vários mandados de prisão em aberto pelos crimes de homicídio qualificado, tráfico de drogas e condutas afins, roubo, associação para a produção e tráfico e condutas afins e associação para a prática de tráfico ilícito de substância entorpecente.
O Disque Denúncia oferece uma recompensa de R$ 1 mil para quem der informações que levem à sua captura.
