Rio - A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) informou, em nota divulgada nesta sexta-feira (3), que o governo federal bloqueou 41% das verbas destinadas à manutenção da instituição. A perda orçamentária é de R$ 114 milhões, que seriam usados para manutenção dos campi e outras ações.
"(O corte) impactará no funcionamento da UFRJ, atingindo diretamente despesas ordinárias de custeio, como consumo de água, energia elétrica, contratos de prestação de serviços de limpeza e segurança", diz trecho do documento.
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A reitoria da Universidade alertou ainda que, caso a medida não seja revertida, haverá "consequências graves" para a rotina de atividades acadêmicas antes do segundo semestre do ano.
"Há cinco anos, a Universidade vem sofrendo cortes e contingenciamentos sem reposição. Em valores corrigidos, a diferença entre o orçamento de 2014 e o de 2019 é superior a R$200 milhões", lembra a instituição, que, devido aos cortes, já opera em déficit de aproximadamente R$ 170 milhões. A reitoria informou que, nos últimos, implementou um "amplo programa para redução de despesas", reduzindo em mais de 30% despesas com "serviços de segurança, limpeza, combustíveis e manutenção de veículos, entre outras", e revisando contratos de aluguéis e permissionários nos campi para aumentar a arrecadação.
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O bloqueio atinge também o desenvolvimento de obras e a compra de equipamentos utilizados em instalações como laboratórios e hospitais.
Prestes a completar 100 anos em 2020, a UFRJ é a maior universidade federal do país. A reitoria informou que buscará interlocução com o Governo Federal e o Congresso Nacional para impedir "a interrupção ou comprometimento" de suas atividades.
