Receptador de quadrilha de roubo de cargas ostentava vida luxuosa nas redes sociais
Jorge Teixeira de Oliveira, vulgo Mohamed, postava em seu Instagram fotos de viagens em pontos turísticos badalados, estações de esqui, casa com piscina com lagoa ao fundo, passeios de lancha. Ele foi preso no apartamento que morava em Laranjeiras
Rio - Apontado como o principal receptador de uma quadrilha de roubo de cargas, alvo de uma operação nesta segunda-feira, Jorge Teixeira de Oliveira, vulgo Mohamed, de 39 anos, ostentava uma vida de luxo nas redes sociais. Nas imagens, postadas em seu Instagram, passeios em pontos turísticos badalados, estações de esqui, casa com piscina com lagoa ao fundo, passeios de lancha.
Mohamed morava em um apartamento alugado no 13º andar de um prédio da Rua Conde de Baependi, em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio. Da sala do imóvel, uma janela tem vista de frente para o Pão de Açúcar e do outro lado é possível ver Cristo Redentor.
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Os vizinhos desconheciam a "face oculta" do empresário, que tinha uma loja de eletrônicos no Infocentro, em um edifício comercial no Centro do Rio, onde também vendia eletrônicos roubados pelo bando. "Ele morava em Laranjeiras, tinha uma vida aparentemente normal, acima de qualquer suspeita, mas tem esse lado oculto. O pessoal não esperava, passava uma mensagem de um ser empresário", disse o delegado Ângelo Lages, titular da 65ª DP (Magé), responsável pela investigação.
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As negociações entre Mohamed e os ladrões de carga aconteciam através do WhatsApp, onde imagens dos produtos roubados eram enviadas pelos criminosos. Cinco mandados de prisão foram cumpridos e três seguem foragidos.
"Ele era o grande fomentador da quadrilha, se não tem receptador, quem compra, não faz sentido o roubo. Ele conseguia os contatos dos comerciantes para vender. Alguns produtos ficavam com ele, principalmente eletrônicos, outros ele vendia, inclusive para outros estados. Toda carga roubada, os criminosos mandavam fotos para ele da carga. Ele comprava tudo: leite, refrigerante, cigarros, tudo ele negociava", disse o delegado Ângelo Lages.
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A quadrilha de roubo de cargas movimentou em um ano em torno de R$ 1 milhão em produtos roubados durante o período de um ano em que foram investigados. Cinco mandados de prisão foram cumpridos e três seguem foragidos. Um suspeito morreu no Morro do Barbante, na Ilha do Governador, após troca tiros com policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).